DEFASAGEM ENTRE INFLAÇÃO E TAXA BÁSICA DE JUROS



Considerando que a epidemia do covit-19 levou ao isolamento social, com a conseqüente redução drástica do nível de emprego, levando à queda do PIB de 4,1%, em 2020, a equipe econômica reduziu bastante a taxa básica de juros no ano passado, a chamada SELIC, para chegar bem abaixo da taxa inflacionária, visando estimular a economia brasileira. Assim, de agosto de 2020 a março de 2021, a SELIC esteve em 2% anuais, a menos de toda a sua história. Porém, a inflação recrudesceu e o Banco Central teve de retornar à elevação d SELIC, mediante três elevações seguidas de 0,75% e prometendo 0,75% para início de agosto. Chegaria até agosto a 5%. Ontem ficou em 4,25% anuais. Observa-se, dessa forma, grande defasagem entre a inflação e a taxa básica de juros, visto que a inflação em 12 meses está superior a 8% ao ano. Ao imaginar-se que a inflação irá cair, a SELIC teria ainda que aumentar. Porém, é difícil prever a sua queda, desde que o petróleo chegou ontem a um recorde de US$75.00 o barril, coisa que fazia muito tempo que não ocorria.

Dessa maneira, ainda que o petróleo tenha batido no teto e volte a cair, embora o mercado internacional estime que chegue até US$80.00 em dezembro, existe neste ano uma crise energética em curso, tendo sido acendida a bandeira vermelha e acionado o uso de muitas termelétricas. No horizonte está a ameaça de racionamento. O cenário atual não é de queda de inflação, mas de sua manutenção ou de novo crescimento.

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