CAMINHO PARA O OESTE

 

Somente há menos de seis décadas o Brasil resolveu caminhar para a sua região Oeste, que era praticamente despovoada, para implantar a rede contemporânea do agronegócio, movida ao progresso tecnológico e elevação da produtividade rural.

No Estado da Bahia, o grande destaque é o município de Luís Eduardo Magalhães, distante quase 1.000 quilômetros da capital, tendo recebido imigrantes de todas as regiões, principalmente dos capitalistas do Sudeste e Sul. No censo do ano de 2.000, ano de fundação da Cidade, porém, ainda como distrito da cidade de Barreiras, eram apenas 18,8 mil habitantes. Em 2.010, já eram 60,1 milhões. Atualmente, em 2022, cresceram para 107,9 milhões. Entre 2010 a 2022 o incremento populacional foi de aproximadamente 80%.  

O município passou a grande produtor de soja, milho e algodão. O agronegócio se transformou no seu objetivo econômico principal. Dados preliminares do censo deste ano revelaram que a Capital, Salvador, perdeu quase 10% da população, sendo cerca de 257 mil habitantes, os dados finais serão divulgados em 2024. De terceira cidade mais populosa do País caiu para quinta, cedendo lugar para Brasília e Fortaleza. Muito desse contingente foi para a região da agropecuária, notadamente LEM.

O prefeito da LEM, Júnior Marabá, declarou ao jornal Correio da Bahia, que “O agronegócio está sempre crescendo e atraindo mais tecnologia. Isto faz com que os diversos setores que envolvem o agronegócio façam essa roda girar de forma crescente. É o mercado de equipamentos, insumos, tecnologia, serviços de transporte e logística, assessoria técnica e muitos outros. Tudo isso gera emprego e emprego gera crescimento”.

O crescimento da cidade em referência tem aumentado a desigualdade social. Conforme o professo Paulo Baqueiro, da Universidade Federal do Oeste Bahia, no mesmo jornal: “Hoje a cidade atrai tanto população qualificada, como mais pobre. Quem não conhece tem a impressão de que é um lindo Eldorado, mas não é assim. A cidade tem índices de violência altos, problemas com o tráfico, urbanização e todo tipo ligado à desigualdade social. Uma parte da população não tem acesso ao mínimo para sobreviver”.  

Consoante o último Fórum Brasileira de Segurança Pública, a cidade de Luís Eduardo Magalhães é a 18ª mais violenta do Brasil.

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