POPULAÇÃO QUE VIVE NA RUA
Quem não tem residência certa ou não tem moradia tem como opção viver na rua. Na medida em que se criaram os programas sociais houve a necessidade de implantar-se o Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico), visando evitar fraudes e simplificar o atendimento. Ontem foi divulgada a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), órgão criado e 1967, com o fito de fazer trabalhos técnicos, para subsidiar as políticas públicas, sobre o crescimento da população de rua. Em mais de uma década, de 21.934, em 2013, para 227.087 até agosto de 2023, cresceu mais de 10,3 vezes. Sem dúvida, a melhoria das dotações dos valores dos benefícios, principalmente a instituição dos auxílios emergenciais, para enfrentar a pandemia do covid-19, e as substanciais elevações do Programa Auxílio Brasil, que neste ano retornou com o nome de Programa Bolsa Família, foram as grandes forças de atração, para o cadastramento do referido contingente. .
Entretanto, a principal razão tem sido a evasão do lar,
compreendendo problemas com familiares ou companheiros e companhias, apontada
por 47,3%. Em seguida vem o desemprego, referido por 40,5%. Alcoolismo ou
drogas citados por 30,4%. Perda de moradia, por 26,1%. Razões misturadas se
encontram nas aglomerações Brasil afora, sendo os tipos mais agressivos com
formatos de cracolândias.
Quanto mais tempo na rua pior fica a situação do necessitado,
visto que se agravam as relações humanas em que se vêm envolvidos. Em seguida
vêm as condições ruins de saúde. Já os episódios como o desemprego vem tendo
menor duração.
Segundo a declaração da cor da pele, cerca de 69% dos
moradores de rua são negros. Por volta de 22,5% deles estão a mais de cinco
anos nas ruas. Destes, 11,7% já completaram dez anos de rua.
Em período mais curto, em torno de seis meses, encontravam-se
33,7% dos pesquisados, enquanto 14,2% entre seis meses a um ano, 13% entre um e
dois anos e 16,6% entre dois a cinco anos.
Do contingente em referência as mulheres são somente 11,6% da
população adulta nas ruas, sendo 35% delas responsáveis por grupos familiares
nessas condições.
Não possuíam certidão de nascimento 24% dos pesquisados.
Entre os adultos, 29% não tinham título de eleitor e 24% não possuíam carteira
de trabalho assinada. Cerca de 69% dos adultos procuravam trabalhar em alguma
coisa para ganhar dinheiro e somente 1% tinha emprego com carteira assinada.
A evasão escolar era de 58% das crianças e dos adolescentes
de 7 a 15 anos, na data da pesquisa.
Enfim, a situação foi a de apresentação de miserabilidade
crescente. O País tem ocupado no mundo como aquele das maiores desigualdades na
distribuição de renda do globo.
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