CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS
28-06-2024
A malha tributária no Brasil é tão diversificada, abrindo brechas tributárias, que permitem às grandes empresas ingressarem com recursos fiscais. As maiores empresas listadas na bolsa de valores, tais como Petrobras, Vale, dentre outras, são as que mais recorrem das decisões da Secretaria da Receita Federal. Como as normas de tributação crescem aos borbotões, ou seja, vale dizer, que há milhares de normas, regulamentos, decretos, leis, circulares, instruções, resoluções e outras formas de regulamentações. O governo central não teve outra solução senão criar o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). Por seu turno, no CARF, o governo tem voto de qualidade. Isto é, voto de desempate.
Na ânsia de procurar o equilíbrio
fiscal, visto que houve o retorno de grandes déficits primários, desde janeiro
de 2023, o CARF criou regulamentações que resolvessem os ingressos de recursos
para o fluxo de caixa do governo central, ao examinar os recursos. Mas, centenas
de grandes empresas recorreram das decisões. Então, houve o julgamento dos
recursos e, elas perderam, pelo voto de qualidade do governo federal.
Dessa forma, os grandes
conglomerados tinham que optar pelas facilidades interpostas, cujo valor global
atinge mais de R$90 bilhões. No entanto, até agora, nenhuma empresa optou por
aceitas citadas facilidades. Tampouco, os R$90 bilhões entrariam de vez.
Esta tem sido mais uma derrota do
governo federal, neste exercício, em reforçar as suas receitas fiscais, em ano
que terá enorme déficit primário.
Ademais, o governo federal também
perdeu a batalha de reoneração dos 17 segmentos produtivos, desonerados desde
2011, para gerar mais empregos nas pequenas e médias empresas.
As demais cogitações de criação
de tributos, sobre grandes fortunas, sobre dividendos, sobre repatriação de
recursos, sobre jogos em cassinos não têm passado de anteprojetos.
Assim, se no ano passado o
governo federal conseguiu aprovar o arcabouço tributário e a reforma fiscal,
neste ano não tem passado nada, nem mesmo até agora a regulamentação da reforma
fiscal e o equilíbrio orçamentário tem ficado cada vez mais difícil.
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