POLÍTICA MONETÁRIA
19-06-2024
No conjunto das políticas econômicas, a política monetária tem de ser bem executada, para que não haja escassez ou excesso de moeda. Portanto cabe ao xerife do mercado financeiro, o Banco Central saber usar as diferentes formas de moeda, mediante os seus preços, que são os juros de curto, médio e longo prazo. Portanto, elas são os meios de pagamentos, servindo para as transações, especulações e precauções.
Hoje se reúne no segundo dia o
Comitê de Política Monetária do Banco Central para decidir sobre os
instrumentos de controle monetário, dentre os quais o mais esperado diz
respeito à taxa básica de juros, chamada de SELIC. Atualmente ela está em
10,50% ao ano. As instituições financeiras, consultadas pelo Banco Central toda
a semana, desde o ano 2.000, informaram que ela poderá permanecer, acabando o
ciclo de baixa iniciado em agosto do ano passado, em sete movimentos
consecutivos. A SELCI estava em 13,75% e chegou ao atual ponto.
A taxa anualizada de inflação
está por volta de 4%, sendo o diferencial ente esta e a SELIC superior a 6%.
Paralisar, agora, o ciclo de baixa, gerou fortes críticas do presidente Lula,
ao dizer que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem um lado
político e não técnico, ao não querer reduzir a taxa SELIC. Ele nada disse. Mas,
como o COPOM tem nove membros e o presidente tem o voto de minerva, a presunção
de Lula é a exposta.
O fato é que Lula e muitos dos
seus partidos políticos aliados querem reduzir a taxa SELIC, somente no dizer,
sem ter base técnica. O colegiado hoje decidirá com base em estudos econométricos,
provando a independência do Banco Central, já aprovada em lei. No mundo inteiro
é assim. O Banco Central tem que decidir com bases em estudos técnicos.
A invasão que o presidente Lula
gostaria de fazer tem tornado a economia brasileira muito instável. O dólar
comercial chegou a R$5,43, ontem, no fechamento. O risco do País continua
crescendo. A bolsa de valores continua com tendência baixista. A taxa
inflacionária está insinuante. No bate cabeça da equipe econômica, o risco fiscal
continua bastante elevado.
Comentários
Postar um comentário