MAIS DURO O BANCO CENTRAL

 

12-12-2024


Para fazer a taxa inflacionária, já em 12 meses em 4,86%, convergir para o centro da meta, de 3,0%, voltando para ficar inferior ao teto dela, de 4,5%, o Banco Central (BC), na última reunião do ano, elevou em 1,0% a taxa básica de juros, a SELIC, agora indo para 12,25%. O aperto monetário é visto pelos grandes bancos como necessário. Em setembro, o BC reiniciou o ciclo de alta da SELIC, com 0,25% de aumento. No inicio de novembro dobrou a aposta, em 0,50%. Ontem, dobrou novamente, para 1,0% a mais.

O Banco Itaú, através do seu economista-chefe, Mário Mesquita, afirmou que poderá haver outra elevação de 1,0%, na próxima reunião e, mais outra de 1,0%, na reunião seguinte, a segunda do ano de 2025, levando a SELIC até 14,25%.

Perante o quadro da avaliação do Banco Itaú, o economista-chefe do Bradesco, referiu-se que a sua projeção para a SELIC de duas próximas reuniões é menor, mas que irá rever a sua posição, visto que o aumento de 1,0% está em linha da precificação da curva de juros.

O economista da área de política monetária do Banco Santander, Marco Caruso, também defendeu a elevação da SELIC. Disse que a posição do BC está correta, no exame da curva de juros.

O porta voz do Banco BTG Pactual, Álvaro Frasson, informa que é importante a atitude do Banco Central para a credibilidade da Instituição.

Enquanto isso, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, continua com sua metralhadora giratória, declarando que irá, no início do governo, editar 25 medidas de reforço da economia americana e de valorização de seus ativos.

Por seu turno, o Banco Morgan Stanley, diante das declarações protecionistas de Trump, bem como da escalada da inflação brasileira, já vê o dólar comercial a R$7,00, no pior cenário, principalmente porque o pacote de gastos anunciado recentemente não foi bem visto pelo mercado financeiro e as expectativas para os fundamentos da economia, tal como o PIB, pioraram em sua trajetória, quando o País precise que melhore.  

No cenário de dominância fiscal, visto pelos mercados, mediante apertos monetários, via elevações da taxa básica de juros, encarecendo ainda mais a dívida pública, poderá levar a um efeito pequeno de atuação do BC, neste momento.

 

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