VOLTA O BRASIL A TER MAIOR TAXA REAL DE JUROS
03-02-2025
Vez por outra, o Brasil volta a ter a maior taxa real de
juros. A taxa real de juros é a taxa nominal deflacionada pela inflação
projetada pelo Banco Central (BC), de 5,5%, para 12 meses à frente, consoante a
pesquisa semanal publicada pelo boletim Focus. Já a taxa básica de juros a
SELIC, foi para 13,25%. A taxa real de juros está calculada em 9,18%. A segunda
posição é da Rússia, mediante taxa real de juros de 8,91%. Em terceiro vem a
Argentina, visto que recuaram para 6,14%, depois do Banco Central da Argentina
ter diminuído a taxa nominal de juros de 32% para 29%.
O número de 13,25% afetará bastante a economia brasileira, além
do que está “contratada” mais uma elevação de 1,0%, para a próxima reunião de
março do BC. Por seu turno, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de forma
otimista, estima que a taxa de incremento do PIB irá desacelerar, de 3,5%, em
2024, na sua previsão, além do que acredita que a inflação ficará sobre
controle ainda neste semestre.
Difícil de acreditar nas perspectivas otimistas do governo
federal, visto que, agora mesmo, no início de fevereiro, autorizou elevações
cavalares nos preços dos combustíveis, além do que os Estados elevaram o ICMS a
partir de 1º de fevereiro. Por sua vez, a ameaça de Donald Trump em impor
elevações de tarifas para certos países globais, ameaçando os BRICS de até
100%, se criarem uma moeda comum, além de fortes retaliações aos produtos
chineses. A inflação média mundial tende a se elevar.
Por seu turno, o reajuste do ICMS na gasolina foi de 7,14% e
sobre o óleo diesel de 5,3%, respectivamente. Os postos de gasolina jogam para
cima a cobrança de preços. No caso de Salvador, Bahia, por exemplo, o litro da
gasolina passou de R$5,74 para R$6,32, em um dia, numa elevação de 10,1%.
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