CONTINGENTE DE EMPREGADOS INFORMAIS E TRIBUTAÇÃO
03-05-2025
Estatísticas mais recentes do IBGE dão conta de que existem
32,5 milhões de pessoas em emprego informal. Isto é, sem carteira assinada,
autônomos do setor privado. Dos 102,5 milhões de brasileiros, correspondem a
31,7% dela. São aqueles que compõem a População Economicamente Ativa (PEA), que,
por sua vez, correspondem a 50,5% da população total de 203 milhões, conforme
dados desse ano.
Os autônomos podem contribuir para o INSS. Não sem motivo
representam cada vez uma carga maior para aquele instituto. Metade do orçamento
da União é dirigido para a previdência social. Cada vez mais o bolo cresce e
afunila os gastos do Estado, que tem usado do endividamento público e de elevar
a carga tributária.
Em 1945, a carga tributária era de 13% do PIB. O Estado tinha
atuação limitada na economia e na prestação de serviços assistenciais, mediante
um sistema tributário mais simples e concentrado em poucos tributos.
Atualmente, a carga tributária está por volta de 33,7% do PIB,
em razão da expansão das políticas públicas, criação de novos tributos, tais
como o ICMS, PIS, COFINS, aumento da complexidade com alíquotas em profusão e
abrangência arrecadatória.
Recorde-se aqui a chamada lei do quinto dou ouro, na verdade
uma norma da Coroa Portuguesa desde o século XVII, muito antes da insurreição
de Tiradentes, em 1789. Aliás, os livros de história se reportam a este o
principal motivo da inconfidência mineira citada. Ou seja, 20% eram tributos
para Portugal. Mais os livros também erram, dizendo que Tiradentes era pobre e
correligionários. Todos eram abastados e donos de minas, em geral. Porém, com o
fito de evocar aqui os 20% é como ele está longe do hoje praticado. A sanha
tributária do Estado persiste.
O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) reitera
a carga tributária de 33,7% do PIB. O IBPT também calcula a carga tributária
efetiva, considerando o impacto real dos tributos sobre a economia. Nesse
cálculo, ao subtrair a arrecadação tributária do PIB, obtêm-se o PIB líquido
dos tributos. Dividindo-se a arrecadação pelo PIB líquido, a carga tributária
efetiva foi calculada de aproximadamente 50,84% do PIB.
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