CARGA TRIBUTÁRIA PESADA
Há muitos anos que a Associação Comercial de São Paulo possui
um termômetro de pagamento diário de impostos. Ele muda instantaneamente, visto
que está à mostra de quem o visualiza. O termômetro também chamado de
impostômetro, até ontem registrou o pagamento de R$2 trilhões, sendo o quanto
os brasileiros pagaram de tributo neste ano. Em 2022, este valor foi atingido
em 14 de setembro. A diferença de duas semanas mostra o aumente da carga
tributária do País. O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, que
alimenta o impostômetro, não informou, desta vez, o quanto corresponde a carga
tributária sobre o total das receitas. Certamente, pelo histórico já divulgado,
corresponde a mais de um terço do total arrecadado. E a pensar que a Insurreição
Mineira, cujo herói é Tiradentes, que tem até dia de feriado no Brasil,
aconteceu, como revolta contra a Coroa Portuguesa, que espoliava o Brasil,
cobrando 25% de imposto sobre o ouro garimpado.
Pensar também que a forte arrecadação poderia gerar superávit
primário, obtido no ano passado, trata-se de grande engano. O novo governo
criou mis ministérios. De 23 passou para 37 ministérios executivos, no seu início.
Mas, agora, em agosto, criou o 38º ministério, o das pequenas e médias
empresas.
O resultado do mês de julho do governo central registrou
déficit primário de R$35,9 bilhões, contra superávit de R$18,9 bilhões, obtido
em julho de 2022. Tanto em valores nominais como reais (corrigidos pela
inflação), o resultado foi o segundo pior da história para julho e o pior para
o sétimo mês do ano desde 2020, período deste mês do auge da pandemia do
covid-19.
O governo central acumula déficit primário de R$79,2 bilhões
em 2023.
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