PRESENÇA DO CARTÃO DE CRÉDITO
Conforme o último Relatório de Economia Bancária do Banco
Central (BC), o número de cartões de crédito no País é de aproximadamente 191
milhões, enquanto a população economicamente ativa se encontra por volta de 107
milhões. Isto é, cerca de 1,8 cartão de crédito por cidadão que trabalha e gera
renda. Por sua vez, o País tem mais de 78 milhões de famílias endividadas,
sendo o maior número delas, desde janeiro de 2010, quando se iniciou a série
histórica do BC.
Os brasileiros se endividam mais por que o cartão de crédito
é oferecido de forma farta e fácil, e eles não tem, em sua maioria, a educação
financeira, principalmente para saber que é o mais caro dos instrumentos de
crédito, aproximando-se de 500% ao ano, taxa que mito incrementa os pagamentos,
podendo colocar muitas famílias em situação de insolvência.
A perda do poder de compra da população, perante a pandemia
do covid-19, que começou em fevereiro de 2020 e praticamente foi considerada
findada quase três anos depois, levou os cidadãos a recorrer principalmente ao
cartão de crédito, enquanto o sistema bancário se informatizou ao máximo para
atender a vasta demanda.
O sistema bancário tem elevados lucros com o cartão de
crédito e tem nele o campeão da inadimplência brasileira. Os banqueiros então
se voltam para que o governo fazer programas de refinanciamentos de dívida, tal
como é o Programa Desenrola.
Para o BC, disciplinar a concessão do cartão de crédito está
na ordem do dia, inclusive, fazendo estudos para que as vendas a prazo no
cartão, sem juros, passem a tê-los. Na verdade, não existe sem juros, embora
declarado pelas partes ofertantes, o que existe é uma enrolação aos cidadãos,
que são induzidos ao consumo desenfreado e irresponsável.
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