ESTATAIS ESCOLHIDAS VOLTARAM A TER DÉFICIT
A imprensa examinou com atenção o relatório do quinto
bimestre de avaliação da execução orçamentária. De uma forma em geral o que
causou muita preocupação foi o de um cavalar déficit primário, agora estimado
em R$177 bilhões, em contraste com que o Ministro da Fazenda vem se referindo
que estaria em torno de R$100 bilhões. É bem verdade que o rombo aprovado pelo
Congresso é muito maior do que citado valor.
Por sua vez, o jornal Folha de São Paulo constatou no boletim
bimestral de quinta avaliação orçamentária, divulgado, conjuntamente, pelos
Ministérios da Fazenda e do Planejamento, que apresenta as estatais federais, que
poderão fechar este ano com déficit primário de R$4,5 bilhões. Isto é, trata-se
de resultado no qual existe a diferença entre receitas e despesas, excluindo o
pagamento dos juros da dívida delas.
A contabilização dos citados ministérios se refere a 22
empresas estatais, que dispõem de receitas próprias e não dependem do Tesouro
Nacional. Entretanto, ingressam no cálculo do resultado final do governo
central, que já é deficitário. Entre citadas empresas não entram no cálculo os
resultados da Petrobras, nem dos bancos públicos, claramente, superavitários.
O rombo dessas 22 estatais vai equivaler a 0,04% do PIB. Este
será o maior, desde 2009, no segundo governo do presidente Lula.
Assim, desde 2009, a gestão dessas empresas passou por várias
mudanças. Mas, quase sempre, apresentando superávits. Por exemplo, no ano de
2022, o saldo dos lucros delas foi de R$4,75 bilhões.
O maior rombo pela volta de prejuízo é a Engepron,
gerenciadora de projetos da Marinha Brasileira.
Segundo as fontes acima, os resultados negativos serão
recompostos com saldos de caixa das próprias empresas, sem que o Tesouro
Nacional venha salvá-las.
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