MARCO LEGAL PARA EÓLICAS
A Câmara de Deputados aprovou ontem o marco legal pra as usinas eólicas sobre o alto mar. Como houve mudanças, o projeto de lei voltou para o Senado. A proposta aprovada incluiu um dispositivo que beneficia termoelétricas movidas a carvão mineral, que são mais poluentes. O setor elétrico protestou porque acreditam seus técnicos que a medida poderá gerar o custo extra de R$5 bilhões, que serão transferidos para os consumidores de energia elétrica.
O projeto de lei contempla sete usinas movidas a carvão no
sul do País. Com contrato de compras de energia a preços vigentes no final de
2022 e terão seu fim distante. Até 2050
O deputado José Vitor (PL-MG), relator do projeto, assim se
pronunciou: “Não estamos tratando de novas térmicas de carvão. Estamos falando
de térmicas que já estão operando e, em breve terão seus contratos todos
vencidos. Não há subsídios ou incentivos para que novas térmicas a carvão se
instalem no País. Trata-se de uma demanda da bancada do Sul do País. Estamos
falando de renovação desses contratos próximos dos vencimentos”. José Vitor
declarou ainda: “O País está hoje em uma matriz de transição, ou seja, é
necessário, ainda, que o sistema esteja em equilíbrio. Essas unidades são
importantes para o sistema energético. Também destacamos a importância
socialmente e economicamente para a região”.
Conforme o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) existem 100 projetos de usinas eólicas,
que estão com pedido de licenciamento ambiental. O valor do investimento é de
R$40 bilhões em instalação e logística.
A crítica mais acirrada é de que essas sete empresas
procuraram fazer um sistema de oligopólio e tiveram os seus pleitos muito
rápidos aprovado ontem tarde da noite. O oligopólio, como se sabe procura obter
lucros máximos e fazendo acordos entre eles. O projeto de lei voltou ao Senado
e depois poderá ir à sanção presidencial.
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