MONITOR DO PIB SE MOSTROU ESTAGNADO
Depois do Banco Central (BC) ter divulgado o seu indicador de atividade econômica com recuo em agosto e setembro (O BC divulga mensalmente), agora foi a vez da Fundação Getúlio Vargas (FGV), de divulgar também sua prévia trimestral do PIB, já que o IBGE demora muito e somente divulga o PIB de cada trimestre. No trimestre de julho, agosto e setembro o monitor do PIB FOI 0,0%, enquanto o monitor do PIB de abril, maio e junho, foi de incremento de 1,8%.
Em nota oficial, Juliana Trece, coordenadora do monitor do
PIB da FGV assim se referiu, após a divulgação do referido monitor: “A
estagnação do PIB no terceiro trimestre, em comparação ao segundo, reflete a
fragilidade de sustentação do crescimento da economia brasileira. A
desaceleração da agropecuária e do setor de serviços explica a estagnação da
economia pela ótica da oferta. Pela ótica da demanda, destaca-se a
desaceleração do consumo das famílias e a queda da Formação Bruta de Capital
Fixo (FBCF). Embora tenha crescimento em menor ritmo, o consumo das famílias
apresentou pela nona vez variação positiva com o resultado do terceiro
trimestre, demonstrando grande resiliência deste componente apesar do ambiente
dos juros elevados e do alto grau de endividamento das famílias. Já a FBCF
encolheu no terceiro trimestre, principalmente devido ao desempenho negativo do
segmento de máquinas e equipamentos”.
Considerando a ótica da demanda agregada, o consumo cresceu
2,5% no terceiro trimestre, comparado ao terceiro trimestre do ano passado. A
retração do consumo, em comparação com o crescimento do trimestre do ano
anterior, deveu-se à menor contribuição do setor de serviços. O preocupante é
com relação aos investimentos produtivos (FBCF), que recuou 5,3% no terceiro
trimestre de 2023, em relação ao igual trimestre de 2022. Já as exportações
continuaram com bom desempenho e houve retração das importações, gerando bom
saldo na balança comercial.
Em resumo, as estatísticas dos órgãos citados estão
demonstrando desaceleração da atividade econômica, de 4,8% em 2021,
reduzindo-se para 3% em 2022, agora para o mercado financeiro o crescimento do
ano que vem poderá ser de 1,5%.
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