PRIMEIRA EMISSÃO DE TÍTULOS SUSTENTÁVEIS
Aproveitando a “deixa”, de que o País necessita de recursos para manter um meio ambiente saudável, bem como para realizar investimentos sustentáveis, o governo federal lançou no mercado internacional ontem títulos públicos com o carimbo de proteção do meio ambiente, captando no dia US$2 bilhões.
A taxa de juros dos contratos foi de 6,50% ao ano. Uma taxa
que inclui o chamado custo de emprestar ao Brasil, visto que, por exemplo, os
títulos do mundo desenvolvido estão por volta de 5,00%, Nos Estados Unidos, os
seus títulos públicos rendem de 5,00% a 5,25%. Ademais, as taxas dos treasuries
(títulos americanos) podem ter ainda outras despesas acrescidas no custo final.
Sob o ponto de vista da captação, o negócio foi bom e tem
futuro, havendo duas grandes vantagens: a do Brasil melhorar a sua imagem
internacional, preocupado com o meio ambiente, e a captação de recursos para
novos investimentos produtivos.
Os negócios apresentaram títulos com sete anos de prazo, com
vencimentos em 2031. Para o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a captação em
referência foi efetuada à semelhança daquela dos países que tem grau de
investimento, que o País tinha, mas foi perdido em 2015, devido à
desorganização das finanças públicas. Ou seja, do selo de bom pagador, que paga
juros mais baixos, pela quase certeza de que os títulos serão honrados.
Ademais, abre espaço para que as agências de risco internacionais elevem o fato
em consideração em direção, para o País voltar a obter o título de bom lugar
para fazer negócios.
Conforme o Tesouro Nacional, o spread da operação, que é a
diferença entre a taxa média paga pelo Brasil, em relação aos títulos públicos
dos Estados Unidos, ficando em média de 1,82%, sendo o menor patamar já
atingido em mais de uma década.
A captação de recursos, com encargos financeiros baixos, pode
levar a que os investimentos possuam alavancagem financeira, o que é desejável
par um País que teve vários momentos de turbulência financeira em sua história.
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