RELATÓRIO FAZENDÁRIO DO QUINTO BIMESTRE
O relatório de avaliação das receitas e das despesas da União
é feito bimestralmente, pelo grupo conjunto do Ministério da Fazenda com o
Ministério do Planejamento. Para este ano o governo federal continua ampliando
o déficit primário total do bimestre encerrado em setembro, de R$141,4 bilhões
para R$177,4 bilhões.
Com isso, terá que fazer bloqueio maior das despesas discricionárias,
aquelas que não são obrigatórias, tanto de custeio como de investimentos, passando
referido bloqueio de R$3,8 bilhões para R$5 bilhões, sendo o valor
correspondente a 2,54% das citadas despesas do Executivo para este ano.
A meta do resultado primário do governo federal, qual seja o
balanço das receitas e dos custos, sem considerar os juros da dívida pública, é
de um saldo negativo de R$213,6 bilhões. Entretanto, a equipe econômica chegou
a prometer, desde o início deste ano, um déficit primário de R$100 bilhões,
correspondente a 1% do PIB estimado.
A projeção das receitas primárias feitas pelo governo central,
para este ano, caiu de R$2,373 trilhões para R$2, 360 trilhões. Adicionalmente,
a estimativa da receita líquida, qual seja aquela livre das transferências para
estados e municípios, passou a retrair-se de R$1,914 trilhão para R$1,9
trilhão.
A projeção das despesas primárias, aquelas que são principalmente
obrigatórias para 2023, saltou de R$2,056 trilhões para R$2,077 trilhões. As
despesas discricionárias se elevaram de R$1,861 trilhão para R$1,861 trilhão.
Embora a nova regra fiscal já tenha sido aprovada e
sancionada, ainda continua em vigor a nova lei do teto dos gastos, pelo
princípio legal de anualidade.
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