APROVAÇÕES NA ÚLTIMA SEMANA DO CONGRESSO
As aprovações do Congresso Nacional, na última semana do ano, referiram-se principalmente na aprovação da lei de diretrizes orçamentárias (LDO) para 2024, na reforma tributária, com repiques até 2027, mais R$53 bilhões em emendas dos parlamentares e mais R$5 bilhões nas verbas para as eleições de 2024.
A LDO foi fechada com previsão de déficit primário zero,
conforme quer o Ministério da Fazenda. A peça é de uma ficção não científica,
visto que, se a execução do orçamento deste ano poderá terminar com um rombo estimado
de R$177 bilhões. Pela lógica, se em 2023 o número de ministérios saltou de 38
para 40 (nesta última semana foi criado o 40º), advindo de um grupo de 23
ministérios, que turbinaram os gastos públicos, é muito difícil entender o
proposto na LDO, até porque este governo não conheceu nenhum corte de gastos, e
sim, de ampliação deles. Não é difícil supor que o governo federal, usará as
emendas parlamentares para aprovar leis complementares que reforcem as finanças
públicas.
A reforma tributária aprovada precisa de leis complementares
e da sua regulamentação. A substituição de seis tributos por dois, em si, é uma
boa simplificação. Entretanto, a carga dos citados tributos está sendo estimada
entre 25,0% e 27,5%. O que ocorrerá é previsível, que há verá elevação no
pagamento de tributos, principalmente para o setor de serviços, cujos
profissionais liberais pagam hoje 5,0% e irão pagar na faixa acima referida. Ou
seja, mais de cinco vezes o que pagam. Enfim, já estão previstas milhares de
ações judiciais da referida exorbitância na cobrança de tributos.
Os R$53 bilhões de emendas parlamentares constituem as moedas
de trocas no Congresso para aprovar projetos de interesse do governo federal. O
cúmulo é que citadas emendas, muitas delas serão para gastos públicos e não
para investimentos, principalmente em infraestrutura, que o País tanto
necessita ampliar e que se constituem no multiplicador de investimentos.
Por fim, mais R$5 bilhões para as eleições de 2024, que tem o
fito de principalmente reeleger parlamentares, o que não é nenhuma novidade.
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