CORRELAÇÃO ENTRE PIB E INVESTIMENTO EXTERNO


A perspectiva do PIB para este ano da equipe econômica é d um PIB de 3%. Entretanto, 100 instituições do mercado financeiro, que no final do ano passado acreditavam em um PIB crescendo 0,79%, em 2023, reviu sua estimativa no final deste mesmo ano para 2,8%. No primeiro trimestre houve crescimento positivo. No segundo trimestre também. No terceiro trimestre, agora divulgado pelo IBGE, ficou estagnado em 0,1%, quando o mercado financeiro previa – 0,3% de decremento do PIB. A verdade é que a economia continua se desacelerando. O próprio mercado financeiro acredita que o País em 2024, irá crescer, no máximo 1,5%. O assunto é preocupante porque o crescimento já está contratado, para ser baixo. A equipe econômica culpa os juros altos da economia. Embora está seja também uma causa, as maiores causas são bem mais elevadas. Tais como: as ausências das reformas econômicas prometidas, principalmente pelo risco de não ser aprovada a reforma tributária; a continuidade de gigantescos déficits primários, depois que houve a interrupção, no ano de 2022, para superávit primário, após oito anos de déficit primário. Além do mais, o endividamento público continua muito crescente, em relação ao PIB, afastando a possibilidade de o Brasil receber a curto e médio prazo o grau de investimento. Agora o endividamento em outubro cresceu para 74,7% do PIB.

Engrossando o caldo, vem aí a saída massiva de capitais externos. O jornal Estado de São Paulo, através do site Estadão, assim se referiu: “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva costuma se vangloriar de o País ter voltado a atrair o capital estrangeiro em sua gestão, em oposição ao que aconteceu no governo Bolsonaro, quando os investidores supostamente teriam ficado longe do Brasil. Mas, quando se observam os números, o que se constata é um quadro bem diferente do sugerido pela narrativa presidencial ... Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) na segunda feira, 4, os investimentos estrangeiros diretos tiveram uma queda de 43,2% em outubro, em relação ao mesmo mês do ano passado, de US$5,83 bilhões para US$3,31 bilhões, já descontadas as saídas de capital. No acumulado do ano, entre janeiro a outubro, o tombo no ingresso dos recursos externos na produção chega a 40% - 39,8% para ser mais exato, de acordo como BC, passando de US$74,7 bilhões para US$44,9 Bilhões ... Nos dez primeiros meses de 2023, o resultado é o segundo pior desde 2009, quando o fluxo de investimentos estrangeiros no mundo ainda sofria os efeitos da crise no americano de hipotecas. É superior apenas a 2020, no auge da pandemia, quando os aportes externos também se reduziram drasticamente”.

Um interessante trabalho acadêmico seria este examinar a correlação entre PIB e investimento externo na economia brasileira. Muito, provavelmente, correlação negativa, como os dados acima poderiam sugerir.

 

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