VISAO GERAL DA CONJUNTURA
Visão Geral da Conjuntura é o título da publicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Nela, o IPEA diz esperar crescimento de 3,2% para 2023 e de 2,0% para 2024. E a melhor previsão até agora, desde que o Fundo Monetário Internacional fez a sua, sendo otimista para 2023, PIB crescendo 3,1%, mas, pessimista para 2024, estimando PIB de 1,5%.
Declarou o IPEA que o crescimento esperado para 2023 se deveu
à melhoria no consumo das famílias, visto elevações da massa de salários e a exportações
de petróleo e de produtos agropecuários. A projeção para 2023 recuou 0,1%, em
relação àquela feita em setembro, devido à uma adequação das contas nacionais,
feitas pelo IBGE. O IPEA é linha auxiliar do governo e geralmente faz perspectivas
otimistas.
A estimativa de desaceleração para 2024 se deveu aos
resultados previstos para a agropecuária, que terá recuo em relação a este ano
de uma super safra, não obstante o recuo dos preços das commodities. Por seu
turno, a redução dos preços das matérias primas ajudou no combate à inflação.
As famílias de renda mais baixa foram beneficiadas com menor
taxa de inflação e elevação dos valores do Programa Bolsa Família.
Notícias de que as taxas de juros básicos cairão também em
2024, fechando o ano em 9,5%, contribuíram para maior otimismo do IPEA. Por
outro lado, os investimentos reagiram com a aprovação de projetos de
infraestrutura pelo BNDES. Já os programas habitacionais e de incentivo ao
crédito serão mais acionados em 2024.
Este ano, houve perdas da arrecadação prevista, ampliando o
déficit primário, o qual o governo já o admite próximo de R$100 bilhões. No
entanto, a reforma tributária, promulgada ontem pelo Congresso Nacional deu
novo ânimo para a equipe econômica esperar maior arrecadação de tributos e alterar
para cima a taxa de crescimento do PIB.
Na esperança de melhores dias para 2024, o governo federal
espera a implantação do novo arcabouço fiscal, convergindo para déficit primário
próximo de zero.
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