BIOMETANO É A BOLA DA VEZ
Há espaços para substituir o chamado gás natural, seja ele na forma de GLP, GNL, GNV, que são originários de combustíveis fósseis, pelo biometano e o biogás. O biometano é um biocombustível gasoso a partir do processamento do biogás. Por seu turno, o biogás é originário da decomposição por bactérias, sendo material composto de metano e de dióxido de carbono.
Vale dizer, o biometano é um substituto para os combustíveis
fósseis. Enquanto estes são derivados do petróleo ou entre rochas, o
substitutivo em referência é limpo, não poluente. Ele é um produto extraído de
restos, tais como o lixo, esgoto, esterco e subprodutos vegetais do
agronegócio. Assim, restos orgânicos que não têm tratamento adequado contaminam
o meio ambiente. Porém, os restos em primeira referência, tratados devidamente
produzem o biogás e ainda gera biofertilizantes.
Quimicamente, os compostos do biometano são praticamente
idênticos aos do gás extraído dos combustíveis fósseis, podendo citados gases
serem misturados em rede de gasodutos. Sendo também gás de uso residencial e componentes
nos tanques de transportes de combustíveis.
A troca de um tipo de gás citado pelo outro pode reduzir em
até 80% as emissões de gases do efeito estufa. Em suma, as empresas podem bem
utilizá-lo para compor seus processos de descarbonização.
Em síntese, existem três segmentos de insumos: lixo orgânico
retirado de aterros sanitários, os resíduos do saneamento básico e os
subprodutos da agropecuária.
Conforme o gerente da Associação Brasileira de Biogás, citado
por Alexa Salomão, na Folha de São Paulo, de ontem, Tamar Roitman: “Ao furar um
poço de petróleo, ocorre a liberação de um gás, que estava preso na rocha, e
isso eleva o volume de emissões. O biometano, ao contrário, já está na
atmosfera. Não é uma nova emissão”.
Os gases da
sustentabilidade estão regulamentados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP),
através da Resolução no. 886/2022 e pela Resolução no. 906/2022.
A produção brasileira atual é de 230 mil m3 por dia, através
de seis fábricas no território nacional. A maior parte dessa produção advém de
aterros sanitários. Portanto, há um enorme espaço para a sua produção crescer.
A Agência Internacional de Energia (AIE) estima que o Brasil
será o quinto produtor mundial de biometano, sendo mais de 10% do fornecimento
mundial até 2026. Para a IEA o Brasil ainda está na sua “infância”, referente à
atividade produtiva da espécie.
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