FRAUDE CONTÁBIL DA REDE DE LOJAS AMERICANAS
18-01-2023
No ano passado foi revelado um esquema de fraude contábil na maior rede de lojas do País, as Lojas Americanas, sendo de propriedade dos três homens tidos no rol dos 10 mais ricos do Brasil, individualmente. A rede lojista pediu recuperação judicial, para negociar com os credores, notadamente bancos, valores contratados, juros e prazos de pagamentos. Claro, em condições especiais, o que gerará prejuízos também contábeis para o conjunto de seus credores. A fraude contábil da referida rede foi calculada em torno, inicialmente, de R$40 bilhões, valor revisto, depois, para de R$50 bilhões, no mesmo ano passado. Como pode ser tão grande a distorção dos valores dos cálculos? Sem dúvida, a fraude foi bem escondida e a diferença posteriormente descoberta.
Por seu turno, o sistema bancário, principalmente os grandes
bancos, teve que fazer provisões de devedores duvidosos, retirada dos lucros,
os quais se apresentaram bem mais baixos do que o que vem apresentando os
bancos em balanços anteriores. As referidas provisões também são estimativas,
podendo serem reconhecidos contabilmente como prejuízos, após quitação ou reordenamento
dos contratos.
O sistema bancário fez provisões no valor de R$14,2 bilhões.
As provisões são relativas às inadimplências prováveis, diante da proteção das
dívidas, antes que o juiz determine os devidos valores, após cálculos do
cartório ao qual está afeito o juiz da causa. Na verdade, as provisões são
reservas extras, que podem ser parciais ou totalmente revertidas para lucros.
O grande problema é que se levou ao descrédito da rede de
lojas em referência. Ademais, ao reconhecer lojas com prejuízos, os donos da
rede fecharam lojas e desempregaram mão de obra. Isto é, acarretaram prejuízos
sociais. Por seu turno, o Fisco irá ficar em cima com fiscalizações, o que
poderá gerar multas e novas arrecadações.
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