INFLAÇÃO DENTRO DA META MAIS VIÉS DE ALTA

 

O IBGE divulgou ontem o índice oficial de inflação brasileira, que é o maior indicador entre muitos calculados pelo Brasil, calculado nas seis maiores regiões metropolitanas, o Índice Nacional de Preços Amplo (IPCA), de 0,56% em dezembro e de 4,62% no acumulado no ano de 2024, dentro do intervalo da meta fixado pelo Conselho Monetário Nacional, cujo centro fora de 3,25% mais o viés de alta de 1,5%, sendo, então, o intervalo de 1,75% a 4,75%.

Como surpresa no indicador de dezembro, houve a elevação de 1,1% no grupo de alimentos e bebidas, isto somente em um mês. Portanto, o índice está dando o alerta, para tomar-se cuidado, para a inflação não recrudescer, principalmente, porque duas grandes guerras prosseguem, sem sinais de terminar. A guerra da Rússia com a Ucrânia vai para três anos de duração. A guerra entre árabes e israelenses já há quatro meses e se trata de um conflito que ameaça se generalizar no Oriente Médio. A existência delas leva à escassez de alimentos e racionamento do petróleo. Ambos impactos inflacionários.

Os alimentos subiram muito por seca ou excesso de chuvas provocada pelo fenômeno “O Menino”. O ano de 2023 foi o mais quente da história, segundo o Observatório Copernicus da Europa e permanece quente também em janeiro de 2024. A continuar isto poderá haver maior irradiação nas elevações dos preços dos alimentos, bem como no das matérias primas, principalmente dos derivados de petróleo, pela continuidade das duas grandes guerras.   

No indicador de dezembro também houve pressões nos preços das passagens aéreas, que no ano de 2023 cresceram 43%, num movimento que procurou atender a demanda reprimida e nas épocas de férias.

Por seu turno, janeiro está tendo a elevação do salário mínimo e de preços administrados pelo governo central e dos tributos anuais.

Em 2021 e 2022 o sistema e metas, sob controle do Banco Central, esteve acima do centro da meta mais o viés de alta, isto porque a pandemia do covid-19 reduziu a demanda agregada, pelo isolamento social, além do início da guerra entre Rússia e Ucrânia, que puxou elevações de preços das commodities. A resposta da política monetária foi elevar fortemente a taxa básica de juros. A inflação começou a ceder no ano passado, bem como se reiniciou o clico de baixa da taxa básica de juros. A economia mundial e a brasileira vieram para um “pouso suave”. Espera-se que se tenha condições no médio prazo para o País voltar a decolar.

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