GASTA-SE MAL NA ÁREA DE SAÚDE E AFINS

 

15-03-2024

Dentre os quarenta ministérios executivos do governo federal, os maiores orçamentos, disparados, são o da Previdência Social, o da Saúde, o de Desenvolvimento Social, o da Educação e o da Defesa. Além da própria Saúde ser o segundo grande gasto, os outros gastos afins são também aplicados para se ter a melhor saúde possível. Mas, gasta-se muito mal nestas áreas e as deficiências estão a olhos vistos, com grandes filas nos corredores de hospitais públicos, marcação de consultas para um tempo tão grande, que doentes terminais terminam mesmo.

Em síntese, o maior problema está justamente no Sistema Unificado de Saúde (SUS), com  suas áreas afins acima referidas, de dezenas e dezenas de bilhões gastos de forma inadequada ou em desperdícios, que quase sempre estão os escândalos nos jornais.

Aqui se vai replicar um problema seríssimo de saúde pública, quando ontem se divulgou mis um dia de referência mundial do rim humano. Qual seja, atualmente, no País 157 mil pessoas que estavam em tratamento dialítico, distribuídos em 886 unidades de terapia renal substitutiva, conforme artigo de Matheus Filho, no jornal Correio da Bahia, de ontem, tem sido um grave problema de, pelo menos, muitas décadas. Constatou o citado pesquisador, que 80% dos pacientes que fazem diálise precisam da rede de saúde pública. Reportando-se ao Censo da Diálise da Sociedade Brasileira de Nefrologia, cuja estimativa é de que 51 mil novos casos precisam de diálise por ano.

“Ora, os números não fecham, se entre todos os brasileiros são 157 mil que estão em tratamento e, se a cada ano, estima-se 51 mil a mais, já que deveria haver milhões em tratamento. Onde estão? Mortos. Estima-se que 50 mil brasileiros com doença renal crônica morrem antes de chagar à diálise. Não conseguem ser tratados. É ou não é uma crise humanitária? Há cerca de 770 pacientes por milhão de pessoas em diálise no Brasil”. Segundo o citado articulista.

“Como toda média é medíocre, vale sempre aprofundar. Nos Estados do Sudeste são 922 pacientes por milhão, nos do Norte, apenas 418. Os que vivem no Norte são mais saudáveis? Não. Morrem mais. Muito mais. A grande maioria das mortes precoces por doença renal crônica acontecem nos Estados mais pobres, isto é, no Norte e no Nordeste do País. Pacientes que, caso o financiamento adequado de terapia garantisse o acesso realmente universal de tratamento no Brasil, poderiam estar vivos, tanto em diálise, ou à espera de um transplante. Vidas ceifadas no País que se arvora a ser líder regional global. Certeza de que o problema não é de escassez de recursos advindos dos impostos arrecadados dos CPFs e CNPJs produtivos. Certeza de que essa crise humanitária grave, advém da má utilização destes recursos e os desvios de função deste dinheiro regularmente pago por milhões de brasileiros e brasileiras para terem um País melhor, uma vida mais digna”. Arrematou o referido articulista.   

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