TAXAR OS BILIONÁRIOS

05-03-2024

Na atual reunião do G-20, no Brasil, voltou à tona a taxação dos super ricos, que folgaria os caixas dos governos pelo mundo, o que, em tese, tem muitos simpatizantes. Em discurso, o Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, em São Paulo, pediu aos participantes do evento, que façam um plano para taxar as grandes fortunas pelo globo, que será objeto de conclusão na próxima reunião do G-20, em julho deste ano.

Na segunda metade do século XX, precisamente, em 1981, James Tobin (1918-2002), ganhou o Prêmio Nobel de Economia, pela sua grande contribuição â ciência econômica, sendo autor de 16 livros e produzido mais de 400 artigos acadêmicos. Porém, é mais conhecido, globalmente, pela proposição de uma taxação, o que ficou conhecido de taxa Tobin, de 1% sobre as movimentações financeiras internacionais, que tivessem um caráter especulativo. A propositura da taxa Tobin, em muito contribuiu para que ele ganhasse sozinho o Nobel. Entretanto, a sua proposição também ficou generalizada, ao defender que 1% em referência acabaria a fome no mundo. A sua inspiração veio do economista inglês, John Maynard Keynes, quando, há várias décadas atrás, ele imaginava desencorajar fluxos financeiros especulativos. Propostas que não foram além do sensacionalismo. Keynes cientificou que as pessoas demandam dinheiro por três motivos: precaução, transação e especulação, sendo esta última forma a que mais contribui para o processo inflacionário.

No início deste século, o economista francês, Thomas Piketty (1971 -), publicou o livro “O Capital no Século XXI”, que vendeu mais de um milhão de cópias, defendendo que, no capitalismo existe a tendência inerente à concentração de renda, o que intensifica as desigualdades entre as pessoas. Como solução do referido problema, ele propôs que os governos taxem mais fortemente as pessoas ricas. Sua fama ganhou o mundo.

Na citada reunião do G-20, o economista Gabriel Zucman, propôs uma alíquota de 2% sobre as grandes fortunas mundiais, considerando-a ainda muito pouco, visto que acredita que os países do G-20 poderiam ser mais ambiciosos do que a referida taxa. Zucman, discípulo de Thomas Piketty, veio a convite de Fernando Haddad, para conferência no enclave. Ele é diretor do Observatório Fiscal da União Europeia.

Acima estão propostas diferentes, mas, que não passam de sonhos. Até hoje não houve consenso sobre isto e tem sido tarefa irrealizável. Para sair do foco, os bilionários globais têm-se dedicado à benemerência social, principalmente em países da África mais pobre, tal como fazem os mais ricos do mundo, tipo Bill Gates, Melinda Gates, Warren Buffet, dentre outros, Claro, fazem também isto para pagar menos imposto de renda sobre lucros.

As proposições supracitadas de Haddad e de Zucman são genéricas, sendo o dobro sobre a taxa Tobin, que era específica. Quer dizer, elas poderão ser palavras que voam e voarão.

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