PRECIFICAÇÃO DOS JUROS

 

20-04-2024

Um dos livros favoritos pelos estudantes de economia é “O Sistema de Preços e a Alocação de Recursos”, de George Stigler. Trata-se de um tomo de microeconomia. A ideia básica é a livre concorrência, em face das formas de concorrência imperfeita. A precificação é uma condição de equilíbrio do mercado. Trata-se de uma previsão para o ajuste de um tempo bastante próximo, quando não instantâneo.

Ao nível macroeconômico, o modelo de Irving Fisher (MV = PY), depois explicitado aqui, revela-se com uma grande abstração, pela qual muitos cientistas da economia levaram tempo para entendeu e explicar a sua funcionalidade.

Um dos grandes economistas do País, ainda vivo, aos por volta de 95 anos, Antônio Delfim Netto, que já foi mais de uma vez ministro da área econômica do governo central, refere-se a que a taxa básica de juros, a SELIC, é endógena. O que quer dizer isto? É que, no modelo testado acima, a esfera produtiva é função da esfera monetária. Em decorrência disso, a taxa básica de juros deve ser orientada pelo Banco Central.

MV = esfera monetária, quando a quantidade moeda, em suas diferentes formas, conduzem a atividade econômica, PY. M = moedas; V = velocidades; P = níveis de preços; Y = volume das transações. O certo, em português, é o inverso, PY = MV.

Dessa maneira, a discussão no Brasil é para onde vai a taxa SELIC. Portanto, a precificação da taxa básica de juros, a SELIC, tem enorme efeito na economia brasileira. Agora, em 0,25% de redução, poderá implicar em que a taxa SELIC poderá fechar o ano em 10,50%, não havendo depois nenhuma redução dela.

Ganham os rentistas e fundos de pensão, perderão muitos. Examinem?

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