PROJEÇÕES CONTINUADAS DO FMI

18-04-2024

O Fundo Monetário Internacional (FMI) continuou ontem a divulgar suas projeções para o mundo e também para o Brasil. O crescimento mundial estiado pelo FMI é de 3,2%, envolvendo o já transcurso 2023. Mais também para 2024 e 2025. O Brasil cresceu em 2023 2,9%. Para este ano, o mercado financeiro continuou projetando cenário, de PIB semanalmente crescente, mediante crescimento do PIB de 1,95%, bem como inflação em 3,71%, abaixo do centro da meta mais o viés de alta (3% mais viés de 1,5%). Para 2025 e 2026 a estimativa é de 2% de incremento do PIB, respectivamente. Na verdade, o FMI está mais otimista para o mundo do que a equipe econômica do Brasil.

Por que isto? Principalmente, porque há sinais dados pelo governo federal de que não terá déficit primário zero nem neste ano, nem no próximo. A falta de equilíbrio fiscal, para gerar um superávit primário e poder pagar os juros da dívida pública foi para o espaço. Dessa maneira, fica claro que o Brasil passa por dificuldades fiscais.

Dificuldades que ficam ainda mais patentes, quando a Controladoria Geral da União (CGU) está recomendando que o governo central pague o abono salarial, neste ano, previsto em mais de R$27 bilhões, que não constava do orçamento aprovado.

Ontem, o FMI divulgou relatório sobre o Brasil, em que piora as projeções para déficit primário, isto em consonância com as notícias de afrouxamento fiscal do governo federal. O FMI revisou o referido déficit de 0,2% para 0,6% do PIB neste ano. O cenário futuro também piorou. De um superávit primário de 0,2%, em 2025, o Fundo agora previu um déficit primário de 0,3%. O déficit primário zerado somente poderá ser alcançado em 2026, segundo ele. Só em 2027 é que poderá ter superávit primário de 0,4%, consoante o Fundo. Ou seja, o FMI visualizou que, depois de déficit primário de 2014 a 2021, de um superávit primário m 2022, haveria déficit primário de quatro anos, somente voltando a superávit primário em 2027.

Sem dúvida, o crescimento pequeno do PIB previsto, neste e nos próximos anos, pela própria equipe econômica, está em consonância com as dificuldades de ajuste fiscal, que impossibilita ao governo federal de realizar investimentos em infraestrutura básica, que tem o efeito multiplicador dos investimentos. Sem o referido adicional, fica prejudicado o efeito acelerador dos investimentos privados.

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