PROJEÇÕES DO BANCO J. P. MORGAN
23-04-2024
Um dos maiores bancos mundiais, o J. P. Morgan, baseado em Nova York, possui seu departamento de estudos econômicos, assim como ocorre em todas as grandes instituições financeiras. A sua nova previsão é de que a taxa básica de juros brasileira se encerrará em 10% neste ano, depois dos acontecimentos que tem piorado o cenário global, quais sejam duas guerras mundiais, uma no Oriente Médio, entre Israel e o Hamas e, outra no Hemisfério Norte, entre Rússia e Ucrânia. Em consequência da escassez tem havido encarecimento dos preços das matérias primas globais, afetando as expectativas de maior inflação e de baixo crescimento econômico.
A projeção do J. P. Morgan anterior era de SELIC em 9,5% no
final de 2024. Mas, agora, acredita que haverá três cortes de 0,25% na SELIC, a
partir de maio, saindo de 10,75%, a SELIC atual e fechando o ano em 10%, com
viés de alta.
Ademais, o aperto das condições financeiras globais, o
adiamento da queda da taxa básica de juros nos Estados Unidos e a redução da
meta fiscal brasileira para 2025, que estava sendo previsto um superávit
primário e agora o governo federal admite que poderá também fechar em déficit
primário, próximo de zero, neste e no próximo ano. Assim antevê o banco Morgan
que o Banco Central estará fazendo nova avaliação de riscos, em face de maior
taxa de inflação projetada.
O valor do dólar comercial continua elevado, visto que os
capitais externos tem sido atraído para aplicação financeira nos títulos da
dívida norte americana.
No cenário atual, o presidente do Banco Central, Roberto Campos
Netto, declarou no Seminário Brasil Hoje, em São Paulo: “Se tem uma incerteza,
você começa a colocar um prêmio de risco, que se transforma no custo do
dinheiro. Se ele está mais alto, significa que todos os projetos precisarão de
taxa de retorno maior para se justificar e muitos não serão feitos”. Em outras
palavras, o crescimento econômico do Brasil tem a tendência de baixa, pelas
condições mais elevadas de risco e incerteza ao nível global.
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