RELATÓRIO DO PIB TRIMESTRAL
26-04-2024
Tanto nos Estados Unidos da América (EUA) como no Brasil é divulgado trimestralmente o Relatório do PIB. Ontem foi divulgado o de lá. Daqui a uma semana, no máximo, sairá o daqui. Provavelmente, no início de maio.
Lá, o crescimento do PIB abaixo
do esperado, poderá ser revisado para cima e a inflação cairá para níveis mais
normais, conforme a Secretário do Tesouro, Janet Yellen, após divulgar o relatório
do PIB. O fato é de que ele veio mais fraco em quase dois anos. Mesmo assim,
com a inflação estimada em 3,7% nos EUA, o FED, banco central norte americano,
afirmou que somente iniciará o ciclo de corte da taxa básica de juros, após
setembro.
Por seu turno, Israel intensificou
os ataques aéreos na faixa de Gaza, os preços do barril de petróleo se
elevaram, continuam acima de US$80.00, sinalizando o curso em direção para
US$100.00, fatores que não deixam a inflação dos EUA caírem de 3,7%, quando o
seu sistema de meta inflacionária sinaliza a esperança de encerrar este ano,
cumprindo o centro da meta de 2% anuais. Continuaram as instabilidades nos
focos de guerra no Oriente Médio e entre Rússia e Ucrânia. Não se tem um
horizonte para cessar o fogo. Aqui, o centro da meta inflacionária é 3%.
Citado relatório apresentou que a
economia dos EUA cresce a uma taxa anualizada de 1,6%, bastante inferior as
projeções de 2,4%. Janet se mostra otimista com o crescimento da demanda
agregada e acredita que sua economia está calibrando os “cilindros” do crescimento.
Os fatores acima enumerados influenciam,
e muito, as expectativas da economia brasileira. Agora com uma taxa básica de
juros, a SELIC, projetada acima de dois dígitos, quando há mais de um ano as
expectativas são de que retornem a um dígito, na casa de 9%.
No Brasil, o projeto de regulamentação
da reforma tributária, relativo à execução do Imposto do Valor Agregado (IVA),
foi enviado ao Congresso Nacional e se espera que ele seja aprovado ainda neste
semestre. Ademais, outros projetos de lei geram mais instabilidade, tais como o
do reajuste salarial do funcionalismo público, o retorno da existência de
greves, aquele de estabelecer o quinquênio para os magistrados e a continuidade
do pagamento de precatórios, prosseguem em querer estabilizar as contas públicas,
continuando em déficit primário, estimado pelo próprio governo, em todo este
ano e, provavelmente, no ano de 2025.
As incertezas e riscos continuam
existindo e a estimativa do crescimento do PIB, tanto pelo mercado financeiro
como pela equipe econômica é de um PIB, neste e, nos próximos anos deste
terceiro mandato de Lula, próximo de 2% anuais. A inflação estimada para o País é acima de 3%
anuais.
Pelo óbvio exposto, a economia brasileira
copia a dos EUA, no que se concerne às perspectivas para o PIB e para a taxa
inflacionária. Lá, como aqui, é o banco central que continua sendo a dama do
jogo de xadrez.
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