CALENDÁRIO DA SEMANA
06-05-2024
Os economistas se organizam em categorias. Aliás, como todas as profissões. Os acadêmicos geralmente são professores, empregados e, dificilmente, empresários. A realidade que conhecem estão em pesquisas e trabalhos a serem publicados. Podem ser analista da conjuntura ou da estrutura.
A maioria dos economistas geralmente se preocupa com a
conjuntura econômica. Vale dizer, o cotidiano. A esse respeito, o assunto de
hoje é o calendário da semana, que se resume à retração da SELIC.
Este escriba procurou fazer as duas coisas. Fez bem, logo
não fez de todo o mal. Não seguiu os princípios de Niccolò Machiavelli. Assim,
em exames dos retratos da economia brasileira, escreve diariamente, desde
01-01-2007 e publica em blog.
Os economistas vivem se preocupando com as surpresas. No
cotidiano, a expectativa é com a redução da taxa básica de juros, que vinha em
ciclo de queda de 0,5%, a cada reunião do Banco Central, do Comitê de Política Monetária
(COPOM), seis quedas consecutivas, desde 01-08-2023. A diretoria do COMPOM está
dividida. Uns apostam em 0,50% e os mais conservadores em 0,25%. Pensam que é
pouco? Trata-se de 50% de retração da SELIC, de forma imediata, nos dias bem
próximos.
A taxa básica de juros tem sido a solução encontrada pelos praticantes
da política econômica global, economistas de quase todas as matizes, para
combater o demônio da inflação. Se não, veja-se o caso da Argentina, que já foi
um país desenvolvido, reduziu-se para subdesenvolvido e caminha para a pobreza.
Lá, a inflação hodierna está em torno de 250% ao ano. Em muitos países
atrasados, geralmente de países de política totalitária, tal como a Venezuela e,
vários países da África, a inflação persiste em ser elevada e os povos estão
indo ou ficando na pobreza.
A redução da SELIC pelo COPOM trará a dose para pouco ou
quase nada a incentivar a atividade produtiva. O crescimento do PIB previsto
continuará por volta de 2%, mediante uma SELIC acima de 10% ao ano.
Em termos econômicos, que atividade produtiva rende 10% ao
ano? Somente os rentistas podem receber isto. À situação os economistas chamam de o paradoxo
entre poupar ou investir? O economista teórico afirma a existência do paradoxo.
O economista prático se defronta com ele e, luta para continuar, entre
empresário ou capitalista. Ou, ambos.
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