REDUÇÃO NA TAXA LINEAR DA SELIC

09-05-2024

Muito embora, quando pela sexta vez, o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central tenha reduzido a taxa básica de juros, a SELIC, em cortes lineares e consecutivos de 0,5%, desde 01-08-2023, na sétima reunião, de confirmar o ciclo de baixa da referida taxa, o COPOM fez uma esperada redução da SELIC, de 0,50% para 0,25%. Isto é, de 10,75% para 10,50% ao ano. Por que era esperada? Acontecimentos na economia internacional mostram uma resistência de retração da inflação, ao nível mundial, de que os juros controlados pelo Federal Reserve (FED) dos Estados Unidos, depois de anunciar que iria reduzi-los em julho, o FED postergou para setembro e porque os juros mundiais estão com tendências altistas.

Na economia doméstica, o COPOM comunicou à imprensa que há sinais de dinamismo no País e geração de emprego mais do que o esperado. A posição é muito conservadora, até porque a estimativa do crescimento do PIB deste ano está por volta de 2%. Na verdade, o receio dos ortodoxos é para não perder o controle da inflação.

No comunicado, por escrito, após a reunião de ontem, o COPOM assim se refere: “A inflação cheia ao consumidor manteve trajetória de desinflação, enquanto medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”.

Na reunião de dois dias do COPOM são apresentados vários cenários internos e externos. Ao referir-se à inflação cheia, ele está se referindo que há vários núcleos de preços, tais como o dos alimentos, dos combustíveis, dos materiais de construção, dentre outros, e que, na cesta de preços dos alimentos, por exemplo, há uma resistência maior à baixa da inflação.

As reações dos segmentos representativos das empresas somente se pronunciaram até agora a Confederação Nacional da Indústria, que propugnava a continuidade de 0,50% do ciclo de baixa da inflação, bem como a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, que considerou inadequada a retração no corte de baixa da SELIC. O setor industrial reage quase sempre sobre as elevadas taxas de juros praticadas no Brasil, principalmente, para capital de giro. O setor agropecuário, tradicionalmente, enfrenta taxas de juros menores, tanto para investimento como para custeio. O setor de serviços não se endivida tanto, em termos relativos, como os outros dois setores e tem benefícios nas taxas de juros praticadas, em algumas linhas de crédito.  

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