DÉFICIT EM CONTA CORRENTE DO PAÍS
25-06-2024
A contabilidade nacional tem vários segmentos. O IBGE cuida de pesquisar os dados principalmente para a divulgação da tabela do insumo-produto, trimestralmente. A referida matriz foi criada em 1930, por Wassily Leontief, economista russo, para medir a posição de primeiro lugar dos Estados Unidos da América, no mundo. Décadas depois, ele foi laureado com o Prêmio Nobel de Economia. Trata-se da tabela de grande aproximação da realidade. Por seu turno, o Banco Central do Brasil visualiza o cotidiano e apresenta estatísticas semanais sobre os estoques e os fluxos de dinheiro. É a atualidade em referência e o xerife do dinheiro.
As divulgações semanais do boletim Focus servem para
visualizar cenários econômicos, pelos quais se conhecem as fortalezas e
fraquezas do País. A debilidade histórica se vê no balanço de pagamentos,
composto de cinco saldos. Em primeiro, vem a balança comercial, nos últimos
tempos, superavitária. Em segundo, vem a balança em conta corrente, que, desde
1822, sempre tem sido deficitária. Em terceiro, a balança de transações
correntes, que é a soma das duas primeiras, historicamente tem sido deficitária.
Em quarto, a balança de capitais, cuja maior parte é de ingressos de capitais, geralmente,
superavitária. Em quinto, o saldo final do balanço de pagamentos.
O déficit histórico na balança de transações correntes
demonstra a dependência do País com as transações internacionais, notadamente nos
serviços. Serviços de fretes, seguros, de custos e de pagamentos de capitais. Nesta
semana, o Banco Central elevou a previsão do citado déficit de US$36,20 bilhões
para US$38,35 bilhões. Isto representa menos de 2% do PIB estimado de US$2, 3
trilhões. No entanto, tem o peso da desvalorização do real em relação ao dólar
e a instabilidade da economia brasileira.
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