DÓLAR AVANÇOU MUITO SOBRE O REAL

05-06-2024

Desde 23 de março de 2023, quando o dólar marcou R$5,29, que o dólar comercial não vinha para a semelhante casa e se aproximando de R$5,30. A desvalorização da moeda brasileira, o real, não fora uma das metas da atual política econômica, quando as suas intenções sempre foram de valorização dele. Chegou-se a trabalhar como valor do dólar a baixo de R$5,00, coisa que não acontece há muito tempo.

O que significa desvalorizar a moeda brasileira? No lado da balança comercial, os exportadores ganham mais reais do que do lado dos importadores. Isto é, as exportações são favorecidas e as importações ficam mais caras. O efeito no caso dos ativos domésticos é de torna-los mais caros e os ativos internacionais mais baratos. Em resumo, a moeda desvalorizada leva a que as compras internacionais fiquem mais caras e as vendas internacionais mais baratas. O turismo nacional é  não incentivado e o turismo internacional é incentivado. Ademais, uma série de efeitos ocorrem e foge ao escopo daqui examiná-los. Em suma, a economia doméstica pode ser melhorada, no longo prazo, após uma série de ajustes, principalmente na política fiscal. Porém, a bolsa de valores recua, para depois subir com as ações do mercado doméstico.

Assim, pela quinta vez seguida a bolsa de valores brasileira, a B3, recuou, do máximo de cerca de 132 mil pontos há alguns meses, para a casa dos 120 mil pontos. Mesmo com a leitura dos resultados do PIB trimestral, divulgado ontem pelo IBGE, que veio acima do esperado, indicando a tendência de que o crescimento deste ano será superior a 2%.

A causa das reações dos mercados financeiros com a desvalorização do real se devem à saída de dólares da economia doméstica, buscando aplicações em outras moedas, principalmente nos títulos do tesouro dos Estados Unidos (os treasuries, como são chamados). Não obstante, os treasuries estarem em baixa no dia de ontem.

Em suma, a conjuntura é de ajustes, para uma estrutura que sofre com o temor da reforma fiscal, que vem sendo regulamentada pelo Congresso, após exames de leis específicas, o que poderia gerar maior carga tributária, a despeito do que tem afirmado os fazedores de política econômica do País. Por exemplo, somente o Imposto sobre o Valor Agregado é considerado um dos maiores do mundo. Enquanto a própria equipe econômica afirma que será, em média de 26%, vê-se países praticando alíquotas médias bem baixas, tais como países desenvolvidos. A Suíça pratica 8,1% e imprime em suas notas fiscais, como o faz uma das maiores atacadistas e varejistas de lá, a COOP.

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