POLÍTICA ECONÔMICA CONFORME O CURTO PRAZO
14-06-2024
Segundo John Maynard Keynes, em seu livro clássico, intitulado “TEORIA GERAL, dos juros, do emprego e da moeda”, ele deixa bem claro que são três as políticas econômicas fundamentais e de curto prazo: política monetária, política cambial e política fiscal, que tem interdependência entre si. O correto no Brasil é dizer que tais políticas são de até curtíssimo prazo (mínima de um dia), visto que a Constituição Federal dispõe sobre a edição de Medidas Provisórias, que entram em vigor, imediatamente, mas tem curto prazo para ser aprovada, ou não, visto que podem ser reeditadas. Para o lucro prazo, ele sempre considerou o perfil da distribuição de renda e o planejamento econômico.
As declarações e intenções dos dirigentes do País fazem
declarações cotidianas que estabilizam ou desestabilizam a economia brasileira.
O que é ruim, já que o quadro econômico pode mudar rapidamente, levando a mais
instabilidade do que estabilidade. O presidente da República, Lula, na Suíça, que
estava presente em reunião da Organização Mundial do Trabalho, declarou
anteontem que o governo central poderia elevar a carga tributária, para reduzir
o déficit primário. E, mesmo assim, operaria em déficit, visto que ele trabalha
com uma máquina pesada e precisa também fazer toda sorte de investimentos em
gastos sociais e de infraestrutura. Ora, para agradar o mercado, Lula fez
declarações recentes de que a reforma fiscal e outras medidas de curto prazo
serviriam para reduzir a carga tributária. Mas, para ele, a dívida poderia
continuar crescendo. Refere-se que o Brasil tem 73% de dívida total sobre o PIB
e, isso, é relativamente pequeno, em relação à dívida pública, em relação às
dívidas que têm certos países desenvolvidos, tais como os Unidos e o Japão,
trabalhando com ela acima de 100% do PIB e nem pensam em reduzi-la. Também em
discurso na OIT voltou a referir-se à taxação das grandes fortunas,
veladamente, fazendo crítica ao homem mais rico do mundo, Elon Musk, que busca
melhores alternativas, com a visão de colonizar Marte.
Ontem, o Ministério da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que
a equipe econômica está procurando fazer uma revisão dos gastos públicos, para
que o País tenha tranquilidade no ano que vem, visto que tem ansiado por
déficit primário zero ou algo pouco acima disso. A Ministra do Planejamento,
Simone Tebet, por seu turno, referiu-se que o ajuste fiscal poderia ser feito
sem aumentar as pressões de caixa, identificando novas fontes de receitas e de
controle administrativos sobre os gastos previdenciários, os quais são da conta
maior do orçamento público federal.
As declarações dos dois Ministros serviram para acalmar o
mercado, nervoso, pelo déficit primário crescente e pela sanha tributária,
visto que o governo central tem enviado vários projetos ao Congresso Nacional,
visando elevar as receitas tributárias.
As idas e vindas do curto prazo, contraditórias, em essência,
não fez o abolsa de valores brasileira subir ao patamar de 120 mil pontos,
encerrando-se com pouco movimentação financeira e leve baixa, aos 19 mil pontos
e bem perto dos 120 mil.
Comentários
Postar um comentário