QUEBRA CABEÇA FISCAL
15-06-2024
No cotidiano, o governo central executa seu orçamento e tem refeito algumas vezes suas previsões, não obstante o Ministro da Fazenda referir-se de que está buscando o equilíbrio fiscal, os gastos públicos avançam e, para compensá-los, o governo federal estuda elevar os tributos de forma imediata. No entanto, não vem tendo êxito, na medida em que as classes empresariais são contra a maior elevação da carga tributária e o Congresso Nacional não tem sido favorável.
O quebra cabeça em que se coloca diariamente vai de encontro
com as declarações contraditórias dentro do próprio governo. Há várias alas,
mas aquela que se destaca é aquela que pressiona por maiores gastos e trabalhar
com déficit primário, tese esboçada pelos membros principais do Partido dos
Trabalhadores, conforme sua presidenta declarou, inclusive, também tem
declarado o presidente Lula. Em contraposição, a equipe econômica, chefiada
pelo Ministro da Fazenda, tem apregoado pelo equilíbrio fiscal, mas não assim
procede, na prática, visto que tem apoiado medidas provisórias e projetos de
lei que visam elevação de tributos.
Há alguns meses, o Executivo vem perdendo a queda de braço
com o Legislativo. No ano passado ganhou, aprovando a lei do arcabouço fiscal e
uma pequena reforma tributária, que ainda tem que ser regulamentada em leis.
Neste ano, precisou engolir a desoneração continuada da desoneração da folha de
pagamentos de 17 segmentos produtivos, que o Congresso Federal aprovou, o
presidente da República vetou, o Congresso derrubou o veto, o governo federal
fez medida provisória para fazer a desoneração, mas voltou atrás. Porém, mandou
medida provisória, querendo compensações da continuidade da desoneração citada,
restringindo benefícios de isenções do ICMS, no que o setor privado também não
concordou. O presidente do Senado devolveu a referida medida provisória.
A desoneração da folha de pagamentos neste ano reduzirá a
arrecadação pública estimada em R$26,3 bilhões.
Em suma, o Executivo quer buscar novas fontes de recursos e,
em discurso, da equipe econômica já fala em reduzir gastos públicos. Quem
acredita?
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