DESIGUALDADES NO SETOR PÚBLICO

04-07-2024

O economista Bruno Carazza, em seu livro “O País dos privilégios. Os novos e velho donos do poder”, divulgado pela revista Isto é. Dinheiro, aponta os privilégios e regalias de uma elite no serviço público. O livro é oportuno, visto que o governo federal está cogitando fazer uma avaliação dos seus gastos, vendo onde pode cortar, para que tenha equilíbrio nas contas públicas ainda neste ano.

O correto seria fazer-se uma reforma administrativa. Mas, quando se discute os privilégios fica quase impossível fazê-la. O fato é que a folha de pagamentos do setor público envolve 12% dos trabalhadores, quanto se computam a união, estados, municípios, servidores civis e miliares. A média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico é de 18%. Nos Estados Unidos é de 15%. No entanto, quando se examina o custo dessa mão de obra, e ele é de 1,6% do PIB, enquanto a média entre os países desenvolvidos é de 0,3% e, entre os emergentes, grupo do qual faz parte o Brasil, é de 0,5%.

As desigualdades nas diferentes categorias desse tipo de mão de obra são gritantes. Mais da metade dos servidores, recebendo R$4 mil, mensais, em média, enquanto 1% que é considerada a elite dos servidores ganha mais de R$27 mil. Por exemplo, em 2023, mais de mil juízes ganharam mais de R$1 milhão por mês. Os privilégios ocorrem nos poderes constituídos do Executivo, Legislativo e Judiciário.

A pesquisa do autor se fez em tribunais, ministérios, parlamentos, forças armadas, dentre outros órgãos públicos.

O fato é que há muitas carreiras que desenvolveram um certo tipo de corporativismo e fica muito difícil ingressar no âmago da questão.  

 

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