ECONOMIA EM CONDIÇÕES DE RISCOS E DE INCERTEZAS


08-07-2024

O exame dos artigos diários, aqui, de cerca de uma página, tem o fito de debates com os alunos da disciplina Economia Brasileira. Como introdução da situação atual.

A economia, no seu sentido macro, bifurca-se entre teoria e prática, esta última também chamada de política econômica. A parte, portanto, visível diariamente é a da política econômica. Assim, tem-se a política monetária, fiscal e cambial, no curto prazo, no dizer de Keynes. No longo prazo, tem-se o planejamento e o desenvolvimento econômico.  Entretanto, por ser uma ciência imperfeita, quer dizer, por ter resultados por aproximações sucessivas da realidade, a economia, como exemplo, a brasileira, encontra-se em condições maiores de riscos e de incertezas (as imperfeições aqui ainda são muito grandes), sujeita às movimentações dos mercados e ao maior ou menor grau de intervenção do Estado na esfera econômica e monetária. A teoria tem as suas próprias leis. A prática tem suas leis definidas pelo Legislativo.

No exame das políticas econômicas de curto prazo, a política monetária fica principalmente ao cargo do Banco Central, que é um dos três membros do Conselho Monetário Nacional. Os outros dois membros são o Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento. Acredita-se que ela esteja em estabilidade. A política monetária também é realizada pelo Banco Central, que também procura fazer a sua regulação e a tem feito. Já a política fiscal fica ao cargo dos dois ministérios acima referidos. Como o País tem déficit primário, sem possibilidades de resolvê-lo em curto e médio prazo, isto desestabiliza o sistema econômico nacional. Em resumo, tem-se no País grande margem de incerteza fiscal. Muito já foi referido aqui sobre o gargalo fiscal.

Na atualidade, as amplas condições de risco que estão bem aparentes são a seca na Amazônia, os incêndios no Pantanal, além das chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul.

Em resumo, as condições de riscos e de incertezas, quanto maiores, limitam o crescimento da economia, cujo potencial de crescimento está muito baixo, por volta de 2%, neste e nos próximos anos, quando o País precisa crescer mais, para sair da armadilha de um País de renda média, cuja condição está há pelo menos 50 anos, enquanto países emergentes, como a China e a Índia, já lhe ultrapassaram e estão nos primeiros lugares dos PIBs mundiais. 

A propósito, o bloco dos maiores países emergentes, o BRICS, é composto principalmente (porque novo membros estão ingressando) do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.


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