ROTAS DE INTEGRAÇÃO
07-07-2024
O Ministério do Planejamento relacionou 29 projetos, em território nacional, que servirão de rotas de integração, em valor total estimado de R$50 bilhões. Serão financiadas rodovias, ferrovias, aquisição de equipamentos para transportes de cargas, expansão de aeroportos, além de investimentos em energia no Estado do Pará.
Tratam-se de cinco rotas de integração. Rota da Ilha das
Guianas (incluindo Amapá, Roraima, parte do Amazonas e do Pará), Rota
Multimodal Manta-Manaus, Rota do Quadrante Rondon, Rota do Capricórnio e Rota
Porto Alegre/Coquimbo.
Conforme é sabido, as principais rotas do Brasil com o
exterior, de forma direta, secularmente, têm sido pelo Oceano Atlântico. Os
preços dos transportes ficam bem mais caros, em relação ao fato de se o País
tivesse uma ou várias saídas também pelo Oceano Pacífico. Historicamente, essa
tem sido uma antiga ótica de gestão governamental. Até então não planejada,
integralmente, poque os parceiros comerciais eram basicamente da América do
Norte (Estados Unidos por muito tempo foi o maior parceiro), da América
Central, da América do Sul, Europa, e, em menor parte, eram da África e da
Ásia. Entretanto, nas duas últimas décadas, os países da Ásia se tornaram
grandes parceiros, em destaque, a China, hoje o maior parceiro comercial do
Brasil. Assim, a própria China vem desenvolvendo projetos, para um porto no Peru,
para baratear as suas importações brasileiras. Seria uma similar rota da
chamada antiga “rota da seda”.
No ChatGPT: “A Rota da Seda foi uma rede de rotas comerciais
que conectava o Oriente e o Ocidente, facilitando o comércio e a troca cultural
entre diversas civilizações ao longo da Eurásia. Surgida por volta do século II
a.C. e em uso até o século XV d.C.” E tem muito mais explicações.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
será um dos principais financiadores. Começando o crédito do BNDES, informou
seu presidente, Aloízio Mercadante, que foram aprovados projetos no valor de
R$3,2 bilhões para as chamadas rotas da integração.
O convênio de créditos foi feito com o BNDES, em parceria com
o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com o Banco de
Desenvolvimento da América Latina e do Caribe, bem como com o Fundo Financeiro
para o Desenvolvimento da Bacia do Prata.
Conforme o presidente do BNDES: “O Rota é importante porque
vai unificar os dois oceanos, aumentar nossa competitividade, reduzir o custo
logístico e permitir que as cadeias produtivas se integrem no comércio e
investimento regional. Nós precisamos ter projetos estruturantes e essas rotas
são projetos estruturantes”.
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