SINAIS DE QUE PODERÁ HAVER REPIQUE INFLACIONÁRIO
08-08-2024
Um indicador alternativo ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o índice oficial da inflação, este que mede os níveis de preços das seis maiores regiões metropolitanas do País, calculado mensalmente pelo IBGE, é o tradicional Índice Geral de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna, que anteriormente ao IPCA, foi por muitas décadas o índice oficial da inflação, calculado pelo Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ontem, a FGV divulgou o IGP-DI de julho, que foi altíssimo para aquele mês, de 0,83%. Em junho já tinha sido alto, de 0,50%, em relação ao mês anterior, levando o IGP-DI, em 12 meses, a 4,16%, maior do que a mediana obtida do mercado financeiro, pelo boletim Focus, divulgado dois dias atrás. Nos dois próximos dias o IBGE divulgará o seu cálculo da inflação para julho e a expectativa é de alta. Claro, a alta ainda é moderada.
No entanto, a ata da reunião do Comitê de Política Monetária
do Banco Central, da semana passada, divulgada há dois dias, refletindo a
manutenção da taxa básica de juros de 10,50% ao ano, mais uma vez, com
tendência de elevação de alta da SELIC, no caso do repique inflacionário, fato
que está em tela, se confirmada a sua continuidade.
O valor do dólar comercial recuou nos dois últimos dias,
tendo em vista a retomada da normalidade dos mercados globais, já que a ameaça de
os Estados Unidos ingressarem em recessão foi superestimada. Na verdade, a
recessão técnica é aquela em que o PIB recua por dois trimestres consecutivos e
não que haja uma redução expressiva do nível de desemprego em um ano, como foi
apontada a taxa de desocupação se elevando de 3,8% para 4,3% na economia
americana.
O fato é que a inflação monetária é um fenômeno que redistribui
renda, sendo, portanto, danosa quando é alta, atingindo mais aqueles que não
sabem se proteger dela, dentro de um modelo de uma economia aberta, cuja demanda
agregada é composta por consumo das famílias, investimentos privados, gastos do
governo, exportações menos importações. Assim, tendo efeitos de aversão ao
risco, os quais comprimem os investimentos e inibem o processo de crescimento econômico.
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