ACIRRARAM-SE OS PROBLEMAS CLIMÁTICOS

 

15-09-2024


Um dos conceitos da economia é de que existe o custo de oportunidade. Vale dizer que o recurso financeiro somente tem uma alocação. No caso das finanças públicas, a “saia é justa”, justamente porque os gastos federais estão comprometidos com os pagamentos dos benefícios da Previdência Social, que absorvem já, cerca de 51% do orçamento anual, com programas sociais, tipo Bolsa Família e com uma gigantesca máquina pública, carregada de vícios e de ineficiências. Em resumo, em desperdícios e desvios de finalidades e de recursos, bastante questionáveis, tais como as emendas parlamentares ao orçamento, estimadas em R$50 bilhões, para o orçamento do próximo ano, em discussões no Congresso Nacional.

O País precisa crescer bem. Acima de 3% ao ano, para deixar de ser um país de “renda média”, cuja armadilha está na faixa de uma renda per capita, entre US$6,000.00 a US$16,000.00. Para 2024, o Banco Mundial conceitua um país de renda média baixa, que se apresenta na faixa de US$1,136.00 e US$4.465.00, Na faixa de renda média alta estão os países com renda per capita entre US$4,466.00 e US$13,845.00. A renda per capita do Brasil, mediante dados de 2022, está em US$8,918.00. Poderia ser classificado assim de um país com renda per capita “média, média”, Vale dizer, de uma população que ainda não chegou a renda acima, aproximadamente, de US$14,000.00, que poderia ter um bom nível de bem estar em geral.

Neste 2024, do primeiro para o segundo trimestre, apresentou-se o desastre das enchentes no Rio Grande do Sul, com efeitos prolongados neste ano e no próximo ano, visto que comprometeu as safras agrícolas e a produção em geral, cuja recuperação se dá lentamente, visto que os recursos para isto estão vindo devagar. Muito diferente de um país, como o Japão, sujeito aos problemas da natureza, por ser um arquipélago, recuperando-se sempre de forma magistral, ao reconstruir-se em tempo recorde. O mais recente exemplo foi o terremoto de 11 de março de 2011, com magnitude 9.0, que incluiu o desastre até da usina nuclear de Fukushima. Por aqui quase tudo é muito demorado, principalmente, por causa do cipoal burocrático, pelo País, de ter déficit primário orçamentário, o que se reflete na escassez de recursos par atender as emergências. Não tem muito dinheiro par investir em infraestrutura.

Depois, vieram as queimadas pelo País, em muitas regiões, incêndios estes muitas vezes provocados. Por seu turno, o clima neste segundo semestre se tornou seco e úmido, em muitas áreas, ao tempo em que as previsões são de uma má hidrologia, por tempo prologado, que deverão manter os preços da energia elétrica elevado.

Neste setembro já foi acionada a cobrança da tarifa da Bandeira Vermelha I. fala-se no acionamento da Bandeira Vermelha 2 em outubro. Em novembro e dezembro poderão continuar a cobrança das tarifas mais elevadas, ainda na bandeira vermelha. No ano que vem ainda se parece como uma incógnita. Mas, o fato é que o problema climático vem trazendo uma projeção de baque no PIB, principalmente para o ano que vem, especialmente, na produção agropecuária.  A cobrança adicional tarifária por tão longo tempo terá efeitos na elevação dos preços em geral, o que já é preocupante demais, visto que poderá ultrapassar o teto da meta, centro de 3,0%, mais o viés de alta de 1,5%, projetado pelo Conselho Monetário Nacional. Para combater a inflação, o Banco Cent4ral, através de seus diretores, não tem se omitido, dizendo que poderá iniciar um ciclo de alta de pequenas elevações na taxa básica de juros, visto que assim acreditam ser esta a melhor forma de combater a inflação.

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