AS ELEIÇÕES DOS ESTADOS UNIDOS E REFLEXOS NO BRASIL
12-09-2024
No próximo mês haverá eleições presidenciais nos Estados
Unidos da América. O que tem a ver um novo presidente da República de lá com os
interesses do Brasil? O debate televisivo apresentado para todo o mundo, é de
grande interesse geral. A maior economia global estando bem, grande parte das
economias globais acompanham tal comportamento e vice-versa, não de forma
linear. Os reflexos poderão ser também positivos para o Brasil e é o que se
espera. O mundo vem de uma epidemia na área sanitária, o que fez recrudescer a
inflação mundial e diminuir o nível de atividade global.
Conforme a teoria do comércio internacional os Estados Unidos
são protecionistas. Seguindo a mesma teoria, os Estados Unidos defendem o livre
comércio. É como se refere o ditado popular: “Faça o que eu digo, mas não faça
o que eu faço”. Herança do Império Britânico, que por isso mesmo se tornou um
império, pelo seu poder de impor as relações de trocas aos seus parceiros. O
mesmo aconteceu com o Império Americano, em vigor. Até poucos anos atrás, os
Estados Unidos eram o maior parceiro comercial do Brasil. Atualmente é a China,
que também é a maior compradora.
O fato lá, nos Estados Unidos, tanto faz o candidato do
Partido Republicano, no caso Donald Trump, como a candidata do Partido
Democrata, Kamala Harris, não mudará muito a política comercial externa, visto
que ambos são protecionistas. Não adianta dizer que, o primeiro é de direita
política, a segunda é de esquerda política. A rigor, mesmo, ambos são de
direita. São protecionistas do que se chama de lema “A América Primeiro”, de
Trump. Ou, o lema de Harris é “Reconstruir Melhor”.
Assim, os reflexos de que um será melhor do que outro para o
Brasil, economicamente, praticamente não existirão. Business is business.
Politicamente, é outra história, que aqui não se alongará.
Recordar-se-á aqui o que disse o Ministro das Relações Exteriores,
nos anos de 1960, Juracy Magalhães, que foi da “revolução tenentista” de 1922 e,
posteriormente, interventor e governador do Estado da Bahia: “O que é bom para
os Estados Unidos é bom para o Brasil”.
Na época, havia a chamada ”guerra fria”, entre os Estados Unidos e
aliados contra o bloco da União Soviética. O fato é muitas vezes citado como
motivo de subserviência ou falta de autonomia da política externa brasileira
daquele período. O receio mundial existia devido ao temor de uma guerra
atômica. Mas, em termos de negócios, o poder se verifica na relação de trocas e
no poder barganha de cada país.
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