CRESCIMENTO DO PIB ACIMA DO ESPERADO
04-09-2024
O IBGE divulgou ontem o crescimento do PIB no segundo
trimestre deste ano, mais de dois meses do ocorrido. Isto porque o IBGE procura
fazer os cálculos com muito cuidado e suas amostras são de grande porte. Então
ocorrem surpresas e podem mudar as expectativas, até mesmo surpreendentes. A economia brasileira cresceu 1,4%, no
segundo trimestre, quando o esperado pelo mercado era de 0,9%. O resultado do PIB em relação ao mesmo
trimestre do ano passado é de um incremento de 3,3%. As previsões de mercado começaram
a mudar, levando até estimativa acima de 3% para este ano.
Na verdade, aos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul
não provocaram tanto retração do PIB com se esperava, não obstante o PIB da agropecuária
ter sido negativo no primeiro trimestre, como geralmente pode ocorrer. O
resultado evidenciou uma economia forte no segundo trimestre, a despeito
daqueles que acreditavam em um “pibinho”, crescendo 1,6%, conforme o mercado
financeiro do início do ano. Se a inflação continuar ascendente, pelo
aquecimento percebido, o resultado propiciará ao Banco Central a propor um
pequeno reajuste da taxa básica de juros na reunião dos próximos dias, visto
que a economia sinaliza que estaria havendo implicações em elevação do nível geral
de preços.
Se o próximo indicador da inflação ultrapassar o teto da meta
de 4,50%, muito provavelmente o Banco Central poderá elevar os juros básicos da
economia em 0,25%. Assim, operadores de mercado colocavam 56% de chances de uma
pequena elevação da SELIC na próxima reunião Comitê de Política Monetária.
Na curva dos juros
brasileira, a taxa do Depósito Interbancário para janeiro de 2025, estava
superior a 11% ao ano, refletindo a política econômica de curto prazo.
Uma SELIC mais alta é um fator de atração do capital
estrangeiro em aplicações financeiras por aqui, visto que, na próxima reunião
do Federal Reserve, poderá haver redução de 0,25% na taxa básica de juros
americana.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o resultado
divulgado pelo IBGE já considerou o fato de que a economia brasileira deste ano
poderá crescer acima de 2,8%.
Pelo sim, pelo não, as apostas são de um bom crescimento
econômico neste ano, pela antecipação de investimentos, coisa que não ocorrerá
no ano que vem, onde as perspectivas de crescimento econômico são inferiores a
2%, conforme o próprio mercado financeiro está prevendo, algo como 1,85% em
2025.
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