ECONOMIA BRASILEIRA SERIA UM FOGUETE

 

10-09-2024


A economia é uma ciência. A ciência da escassez de recursos. Lionel Robbins, economista britânico, em seu texto “Um Ensaio sobre a Natureza e Significado da Ciência Econômica”, de 1932, definiu a economia como “a ciência que estuda o comportamento humano como uma relação entre fins e meios escassos que têm usos alternativos”.

O Vice Presidente da República, Geraldo Alckmin, que também é Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, dois setores da economia (indústria e comércio mais serviços), que, somado ao setor do Ministério da Agricultura, comporia a formação da renda nacional, em três setores, conforme Colin Clark (1905-1989), renomado economista e estatístico britânico. Alckmin declarou que a economia brasileira é um “foguete” e surpreende até aqueles mais céticos. Isto porque os economistas que são entrevistados semanalmente pelo Banco Central elevaram a previsão de ontem, de 2,46% para 2,68%, para este ano. Não chega a tanto. Ele está copiando a revista The Economist, na capa da edição de 14 de novembro de 2009, que trazia a imagem do Cristo Redentor do Rio de Janeiro, decolando como um foguete, quando a economia brasileira crescia acima de 4% anuais, em média. Foram oito anos de bom crescimento nos dois primeiros mandatos do presidente Lula. O País tinha superávit primário, forjado desde 1998, capaz de servir ao investimento em infraestrutura, e o Brasil se beneficiava do “boom” das commodities.

Dessa forma, a economia brasileira atual não é um “foguete” conforme referido. As previsões dos economistas citados das mais de 100 instituições financeiras, consultadas semanalmente pelo Banco Central, projetam crescimento pífio, para os anos de 2025, 2026 e 2027, em torno de 2% ao ano. Isto porque tem baixa capacidade para investir, dado que já apresenta déficit primário em dois anos do terceiro mandato do presidente Lula e que também está sendo projetado pelas mesmas fontes a continuidade do déficit primário até o final do terceiro mandato.

A difícil reforma tributária foi aprovada, mas o Congresso reage para fazer a sua regulamentação, visto que se está antevendo elevação da carga tributária. Isso poderia beneficiar as contas públicas, até mesmo zerar o déficit primário, nos últimos anos de governo federal. Porém, elevar tributos é desestimulante aos investimentos privados e, assim, a economia não decola, de novo, como muitos gostariam de ver. A reforma tributária passará o ano de 2024 em debates no Congresso Nacional, que promete regulamentá-la em 2025, já no terceiro ano do atual governo.

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