FUNDOS DE INVESTIMENTOS CONSTITUCIONAIS
07-09-2024
Os fundos de investimentos constitucionais são mecanismos
financeiros criados para promover o desenvolvimento econômico de certas regiões
brasileiras. Regiões essas deprimidas, por fenômenos climáticos permanentes,
tais como a seca, enchentes, a aridez, o desmatamento e doenças típicas. Ademais,
são regiões onde a pobreza, a miséria, a fome, a deficiente educação e ausência
de infraestrutura persistem.
O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) são
para os nove Estados do Nordeste, norte de Minas Gerais e norte do Espírito
Santo, região denominada como Polígono das Secas. É administrado pelo Banco do
Nordeste do Brasil e têm taxas de juros inferiores às taxas de mercado e
recursos de longo prazo.
O Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste (FCO)
são para os Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito
Federal. A gestão dele é do Banco do Brasil.
O Fundo Amazônia é para toda a Amazônia Legal, sendo gerido pelo
Banco do Brasil.
A alíquota aplicada é de 3% sobre o Imposto de Renda e sobre o
Imposto sobre Produtos Industrializados. O FNE recebe 60% dos recursos a eles
destinados. O FCO recebe 20% e o Fundo Amazônia recebe também 20%.
A notícia do dia, divulgado pela Folha de São Paulo, deu
conta de que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, reclamou do
governo federal reclamou dos incentivos fiscais dados pelos referidos fundos
constitucionais às regiões deprimidas, de forma permanente, é bom frisar. O
problema do Rio Grande do Sul, das enchentes é sério, merecendo amplo apoio do
governo federal. A última seca daquele Estado foi em 2019/2020. Ele declarou
ontem, na Câmara Americana de Comércio para o Brasil, em São Paulo, que “Nós
temos uma competição desleal com outras regiões do Brasil”.
É fato que existe na União dos Estados Federados muitas
discordâncias. Existe o que se chama de “guerra fiscal”. Ou seja, Estados dando
mais incentivos par atrair projetos de investimentos. A última reforma fiscal
estrutural foi realizada pela Constituição de 1967, que foi outorgada pelo
regime militar. No ano passado foi aprovada uma reforma fiscal de alguns
tributos. Neste ano está em tramitação para as regulamentações. Não tem havido
consenso e elas provavelmente serão postergadas para 2025. Ou, mais, tarde.
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