IMPORTÂNCIA DA TAXA BÁSICA DE JUROS

 30-09-2024

Os economistas, como a maioria dos cientistas sociais, trabalham com modelos, que são simplificações da realidade. Em economia, há vários sistemas de mercado interagindo. No mercado financeiro, onde fluem as diferentes formas de dinheiro, a respeito da taxa de juros, ela é endógena, sendo administrada pelo Banco Central, que tem o papel de xerife. A taxa básica de juros é examinada a cada 45 dias pelo Comitê de Política Econômica do Banco Central. As reuniões deles ocorrem a cada 45 dias. Aqui se repete o que ocorre no mesmo dia nos Estados Unidos da América, visto que se observam as decisões e os sentidos das taxas básicas, se estão em linha ou não. Na última reunião, as direções foram opostas. Isto se deveu as conjunturas específicas de cada economia.

A importância da taxa básica de juros, já que ela é endógena, conforme apregoava Antônio Delfim Netto, celebre economista brasileiro, é que ela é a diretriz para as demais taxas de mercado e de realização de contratos. Vale dizer, a maior autoridade monetária de cada país tem nela a sua principal política monetária. Ela é a rainha do jogo de xadrez.

No Brasil, em 1979, foi criada a taxa SELIC, hoje a maior referência de juros básicos do País. SELIC é a sigla do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Trata-se de um sistema para registrar e liquidar operações com títulos públicos federais. Em 1999, quando o Conselho Monetário Nacional passou a usar o sistema de metas da inflação, a taxa SELIC passou a ser o principal instrumento de política monetária.

Os grandes bancos possuem seu departamento econômico, onde se realizam estudos e eles informam ao Banco Central as previsões sobre a taxa SELIC, sobre o PIB, sobre a inflação e sobre a estimativa do valor do dólar comercial.

A taxa SELIC está em 10,75% ao ano, em ciclo de alta, depois de ciclo por dois anos de baixa. Os estudos econômicos dos grandes bancos brasileiros servem semanalmente para o Banco Central calcular as medianas dos referidos quatro grandes indicadores da economia brasileira. Geralmente, eles antecipam a decisão, que termina praticamente sendo adotada pelo Banco Central. A atual estimativa deles é findar o ano com 11,50% de taxa SELIC. Há até aqueles mais afoitos que estimam uma taxa SELIC em 12,00%, quando acreditam que se iniciaria novo ciclo de queda, se a inflação convergir para o centro da meta. Mas, não é isso que projeta o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que recentemente ampliou a sua expectativa de que a inflação se encerre o ano em 4,4%, quando a sua última expectativa era de 4,1%.

Aumentar ou reduzir a taxa SELIC é o combate entre a esfera monetária (que tem pensado em aumentar) e a esfera produtiva (que pensa em reduzir). Porém, quem decide a trajetória é o Banco Central. Até agora, em novo ciclo de alta. Por duas semanas seguidas acredita ele e o mercado financeiro que se findará o ano, com a taxa SELIC  em 11,50%, anuais. 

30-09-2024

IMPORTÂNCIA DA TAXA BÁSICA DE JUROS

Os economistas, como a maioria dos cientistas sociais, trabalham com modelos, que são simplificações da realidade. Em economia, há vários sistemas de mercado interagindo. No mercado financeiro, onde fluem as diferentes formas de dinheiro, a respeito da taxa de juros, ela é endógena, sendo administrada pelo Banco Central, que tem o papel de xerife. A taxa básica de juros é examinada a cada 45 dias pelo Comitê de Política Econômica do Banco Central. As reuniões deles ocorrem a cada 45 dias. Aqui se repete o que ocorre no mesmo dia nos Estados Unidos da América, visto que se observam as decisões e os sentidos das taxas básicas, se estão em linha ou não. Na última reunião, as direções foram opostas. Isto se deveu as conjunturas específicas de cada economia.

A importância da taxa básica de juros, já que ela é endógena, conforme apregoava Antônio Delfim Netto, celebre economista brasileiro, é que ela é a diretriz para as demais taxas de mercado e de realização de contratos. Vale dizer, a maior autoridade monetária de cada país tem nela a sua principal política monetária. Ela é a rainha do jogo de xadrez.

No Brasil, em 1979, foi criada a taxa SELIC, hoje a maior referência de juros básicos do País. SELIC é a sigla do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Trata-se de um sistema para registrar e liquidar operações com títulos públicos federais. Em 1999, quando o Conselho Monetário Nacional passou a usar o sistema de metas da inflação, a taxa SELIC passou a ser o principal instrumento de política monetária.

Os grandes bancos possuem seu departamento econômico, onde se realizam estudos e eles informam ao Banco Central as previsões sobre a taxa SELIC, sobre o PIB, sobre a inflação e sobre a estimativa do valor do dólar comercial.

A taxa SELIC está em 10,75% ao ano, em ciclo de alta, depois de ciclo por dois anos de baixa. Os estudos econômicos dos grandes bancos brasileiros servem semanalmente para o Banco Central calcular as medianas dos referidos quatro grandes indicadores da economia brasileira. Geralmente, eles antecipam a decisão, que termina praticamente sendo adotada pelo Banco Central. A atual estimativa deles é findar o ano com 11,50% de taxa SELIC. Há até aqueles mais afoitos que estimam uma taxa SELIC em 12,00%, quando acreditam que se iniciaria novo ciclo de queda, se a inflação convergir para o centro da meta. Mas, não é isso que projeta o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que recentemente ampliou a sua expectativa de que a inflação se encerre o ano em 4,4%, quando a sua última expectativa era de 4,1%.

Aumentar ou reduzir a taxa SELIC é o combate entre a esfera monetária (que tem pensado em aumentar) e a esfera produtiva (que pensa em reduzir). Porém, quem decide a trajetória é o Banco Central. Até agora, em novo ciclo de alta. Por duas semanas seguidas acredita ele e o mercado financeiro que se findará o ano, com a taxa SELIC  em 11,50%, anuais.

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