PINÇANDO PELA AGÊNCIA FITCH CLASSIFICADORA DE RISCO

 

11-09-2024


Existem três agências internacionais poderosas, classificadora de riscos de governos, estados, municípios, empresas e demais organizações. Elas estão a serviço dos grandes financistas internacionais. Elas fazem cenários para que citados financistas vejam o grau de investimento de cada uma das instituições referidas. As agências mais importantes do mundo são a Fitch, Moody’s e Standard & Poor’s. Estão baseadas em Nova York, o maior centro financeiro do mundo, que desbancou há muitos anos a capital britânica, Londres. Em resumo, classificam riscos para realizar financiamentos, com efeitos produtivos e reprodutivos dos capitais. No capitalismo financeiro os bancos centrais, os bancos privados, as cooperativas, as seguradoras e os fundos de pensão, além de fundos privados, dentre outros, são os agentes financiadores do progresso. Estes fazem as análises de riscos e se apropriam também das análises delas.

Os organismos internacionais mais conhecidos são aqueles que estão na vanguarda das previsões do crescimento econômico mundial, sendo este assunto importantíssimo para a formação de cenários econômicos. Assim, o Fundo Monetário Internacional, para 2024, está prevendo um crescimento médio global entre 3,1% a 3,2%. O Banco Mundial também está em linha com as previsões do FMI, em torno de 3,0%, e produz também relatórios trimestrais, geralmente, com revisões das taxas de crescimento do PIB mundial e também dos diferentes países da Organização das Nações Unidas.

A Agência Fitch é a primeira a se pronunciar na nova onda de progresso global que se presume poderá vir no segundo semestre de 2024. Para os Estados Unidos, a Fitch ampliou de 2,1% para 2,5% o crescimento do PIB americano. Para o Brasil, a Fitch elevou a estimativa do crescimento do PIB brasileiro de 1,7% pra 2,8% em 2024.

À luz do otimismo que tomou posse do País, desde que foi divulgada a surpreendente taxa de incremento do PIB no segundo trimestre, de 1,4%, quando se esperava 0,9%, as revisões para cima têm sido confirmadas pelas maiores instituições financeiras do País, havendo até aquelas que estimam que o crescimento poderá superar 3%, indo em linha com a estimativa do FMI para a média mundial.

Note-se que a palavra chave da economia aqui é o financiamento, que leva ao investimento produtivo, necessidade básica para o progresso. O gasto em educação é investimento do mais elevado grau, visto que quando mais educada maior produtividade tem a pessoa. Conforme é comprovado, a educação é o principal motor do referido progresso. Conforme apregoaram dois Prêmios Nobel de Economia, Milton Friedman e Gary Becker, ambos da Universidade de Chicago, a educação é o capital humano.

Nisto, o Brasil não tem correspondido com mais educação para o desenvolvimento. A esse respeito, as informações de hoje, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) dão conta de que o Brasil foi o segundo pais, analisado pela OCDE, que menos investiu recursos públicos na educação entre 2015 e 2021. A redução do gasto público na referida área diminuiu de 11,2% para 10,6% do orçamento. Foram examinados pela OCDE 48 países.

Não sem motivo, mas também aliados à indefinição da reforma tributária e ao elevado déficit primário, os analistas financeiros consultados semanalmente pelo Banco Central, projetam uma baixa taxa de crescimento, em torno de 2% ao ano, para os próximos três anos, devido principalmente às citadas carências em ativos reprodutivos e em capital humano.

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