PREVISÃO DE INFLAÇÃO CONTINUA DESANCORADA
17-09-2024
O Boletim Focus desta semana traz nova projeção da inflação
de 2024, passando da semana passada, a mediana das estimativas dos economistas
das instituições financeiras, de 4,30% para 4,35%. Para 2025, passou de 3,92%
pra 3,95%. O centro da meta é de 3,00% pra este e para o próximo ano. Assim, as
previsões de mercado continuam desancoradas, embora possa ter viés de alta de
1,5%. Inflação no limite de 4,50%, conforme expectativa do Conselho Monetário
Nacional. Por sua vez, a projeção da inflação de 2026 passou de 3,60% para
3,61%. Para 2027, a estimativa da inflação estaria em 3,50% há 36 semanas.
Há poucos dias já se falava no mercado financeiro, de que a
reunião desta semana elevaria a taxa básica de juros em 0,25%, em ciclo de
alta, com mais elevações da referida dose em mais três semanas. No entanto,
como a inflação arrefeceu o seu crescimento, consoante estatísticas do IBGE,
agora, na reunião dos dias seguintes a este, o mercado financeiro já acredita
que será mantida a SELIC atual, de 10,50%. A previsão da SELIC ficou estável em
11,25%, para o final do ano. Para 2025, subiu de 10,25% para 10,50%. A previsão
para 2026 ficou em 9,50%, a mesma da semana anterior. A taxa de 2027 está
prevista em 9,00% há 17 semanas.
Já a mediana das projeções para o valor do dólar comercial
subiu de R$5,35 para R45,40. Para 2025 avançou de R$5,30 para R$5,35. Para
2026, ficou estável em R$5,30. Para 2027 ficou nos mesmos R$5,30. As
autoridades monetárias não conseguem reduzir o preço do dólar porque os ativos
brasileiros estão depreciados.
Referente ao PIB deste ano, a mediana das estimativas do
mercado financeiro subiu de 2,68% par R$2,96%, pela quinta semana consecutiva
de alta. A previsão para 2025 permaneceu estável em 1,90%. Par 2026 permaneceu
estável em 2,00% há 58 semanas seguidas. A estimativa para 2027 continuou
também em 2,00% há 60 semanas.
Em resumo, as perspectivas do PIB para 2024 são de um bom
crescimento, sendo a estimativa mais otimista, a do Ministério da Fazenda, que
acredita em 3,20%. No entanto, para o ano que vem o crescimento de 1,90% está
projetado como pífio. Para 2026 e para 2027 a estimativa continuou baixa, em um
PIB crescendo 2,00% para cada ano em referência. Por seu turno, a inflação
desancorada, precisa de muito cuidado para não ultrapassar o teto da meta com
viés.
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