PREVISÕES MAIS RECENTES DO BANCO CENTRAL
27-09-2024
O Banco Central tem equipe de técnicos bancários e de economistas,
que fazem cenários, em tempo curto, por semana, mês, trimestre e ano. Por
exemplo, semanalmente publica o Relatório Focus. Mensalmente publica o seu indicador
do PIB brasileiro, uma prévia do PIB calculado pelo IBGE. Trimestralmente o
Relatório Trimestral da Inflação. Cumpre ainda fazer o seu Balanço Anual da
Economia, além de outros trabalhos setoriais e, de justificar-se perante o
Congresso Nacional, se não for cumprida a meta da inflação, composto do centro
da meta (3,0%), mais o viés de alta (1,5%).
Ontem, o Banco Central (BC) publicou o seu Relatório
Trimestral da Inflação, surpreendendo bastante, pela mudança da taxa de
crescimento do PIB. No último relatório da espécie fora estimada em 2,3%, indo agora
para 3,2%, relativo a 2024. Entretanto, a estimativa para o segundo trimestre
deste ano é de um arrefecimento no crescimento econômico. Por via de
consequência, o incremento do PIB irá desacelerar, para 2025, sendo a previsão do
BC de um pequeno crescimento de 2,0%.
Que sinais tem visto o BC, na atual conjuntura, que mudaram a
sua ótica para 2024 e para 2025? Para 2024, o bom crescimento do segundo
trimestre de 2024, calculado pelo IBGE, jogaram para cima a previsão para o PIB
deste ano. Entretanto, para 2025, sem que a reforma tributária tenha sido
regulamentada, além do fato de que a cada estimativa dos congressistas se
antevê uma elevação da carga tributária, assim como os cálculos da própria
equipe econômica de longo período são ainda de continuidade do déficit
primário, isto tudo vem desestimulando os projetos de investimentos.
Efeitos do novo ciclo de alta de juros, cujas repercussões
são para reflexos em seis meses, dados que ainda o mercado financeiro se refere
a uma SELIC se elevando até cerca de 12,0%, nas próximas reuniões do BC.
Ademais, a ociosidade dos fatores de produção, mais a ausência de forte impulso
externo e menor impulso fiscal são fatores complementares a que não haja
otimismo, na referida estimativa do BC, para a economia brasileira no próximo
ano.
A ciência econômica não é exata. As estimativas contam com
estatísticas que calculam erros, desvios padrões e podem ser reformuladas,
quando novos sinais ocorrem na conjuntura econômica.
No ano passado, o PIB brasileiro foi estimado pelo IBGE em R$10,9
trilhões, para 2023. Considerando o estimado pelo BC iria no final de 2024 para
R$11,245 trilhões. A estimativa da população de 2023, feita pelo IBGE, fora de
203 milhões. Como dados do censo de 2022, em 2024, seria um pouco mais de 204
milhões. Assim, a renda per capita anual passaria de R$53.694,58 para
R$55.122,55, de um ano para o outro acima referidos.
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