TAXA DE INVESTIMENTO ESTIMADO
02-09-2024
Em vários estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA) é possível visualizar que a taxa de investimento bruto sobre o PIB,
também chamado de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), encontra-se próximo a 15,6%
do PIB. O PIB está crescendo em torno de 2%, em caminho para 3% neste ano. A
dedução mais lógica é de que para cada três de inversões uma do produto interno
bruto pode ser gerado.
No melhor desempenho da economia brasileira, nos anos de
1970, a taxa de investimento era de 10% a mais. Ou seja, a FBCF chegou próxima
de 25% do PIB. No melhor ano, 1973, a economia brasileira cresceu mais de 14%.
Um marco inédito e difícil de superar. Na época, a poupança interna era
estimulada para investir e não ficar em aplicação financeira da dívida pública.
Ademais, a poupança externa vinha aos borbotões, visto que a maior parte não
pagava imposto de renda na sua entrada e também na sua saída. Os juros básicos
não eram do patamar de hoje em dia. Parecia um paraíso fiscal e o desemprego
era dos mais baixos já vistos.
Conforme Túlio Machado, gestor de infraestrutura da XP Asset,
em evento em São Paulo, denominado de Expert XP, declarou: “O Brasil investe 2%
do Produto Interno Bruto (PIB) em infraestrutura, mas deveria ser o dobro disso”.
Segundo ele, há uma agenda a ser desenrolada em diferentes segmentos como
saneamento, rodovias, ferrovias, energia e telecomunicações.
Ainda ontem, aqui se comentou que o Projeto de Lei Orçamentária
contempla investir em infraestrutura cerca de 1,1%. Muito pouco, como aqui
consignado. Além do mais, seria fundamental ampliar os leilões de obras
públicas e incentivar a vinda de capitais externos para o crescimento
econômico.
Em suma, se o País investir 1,1%, conforme o Projeto de Lei
Orçamentária, o teto do investimento bruto seria 15% (?). Logo, não poderá
crescer mais do que 2%. Dedução óbvia e que não agrada aos brasileiros.
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