BOLETIM PRISMA FISCAL
16-10-2024
PÁGINA DA CONJUNTURA ECONÔMICA
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, elabora o Boletim Prisma Fiscal, que reúne projeções de especialistas de mercado sobre variáveis fiscais, como receitas, despesas, resultado primário e dívida pública. Ele é considerado um importante instrumento de transparência e acompanhamento das expectativas de mercado, considerando as finanças públicas brasileiras.
Os especialistas ouvidos pela
SPE, mensalmente, projetam agora em outubro que o governo entregará um déficit
primário de R$63,8 bilhões em 2024. Em setembro o rombo previsto era de R$66,6
bilhões, consoante referido boletim.
As estimativas de mercado avançam
lentamente para redução do déficit primário, enquanto as projeções da dívida
pública pioram, em razão da taxa básica de juros, em fase crescente. A Lei de
Orçamento Anual de 2024 estimava um pequeno superávit de R$2,8 bilhões. No
entanto, as contas públicas se deterioram bastante em 2024 e é estimado agora
um déficit primário superior o viés de alta de 0,25% do PIB, de R$28,3 bilhões.
As estatísticas recolhidas pela
SPE, com respeito as projeções de 2025, são de um déficit primário de R$88,4
bilhões. A projeção mensal anterior era de um déficit de R$93 bilhões.
Em resumo, os orçamentos anuais
aprovados do atual governo, no discurso, prometiam zerar o déficit primário. No
entanto, não é o que tem acontecido, visto que a máquina pública tem sido muito
gastadora, pouco sobrando para os investimentos em infraestrutura.
Não sem motivo, os especialistas
de mercado, consultados semanalmente pelo Banco Central têm declarado que o
crescimento econômico para o próximo ano e para o ano seguinte serão de um PIB
pífio. Não é o que foi prometido em campanha, muito embora, para 2024, o
resultado poderá repetir o crescimento do PIB de 2023, por volta de 3%. Nos
últimos dez anos, não se teve ano com repetição de uma boa taxa de crescimento
de 3%. Entretanto, as expectativas de crescer 2% em 2025 e repetir 2% em 2026,
conforme os analistas de mercado consultados, trará a taxa média do PIB para
2,5% do atual mandato presidencial.
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