DESACELERAÇÃO CHINESA AFETA O BRASIL
20-10-2024
PÁGINA DA CONJUNTURA ECONÔMICA
Entre 1980 e 2010 a China registrou taxas de crescimento anual próximas ou superiores a 10%, em vários anos, impulsionada pelas reformas econômicas, de abertura gradual aos mercados mundiais, iniciadas por Deng Xiaoping, a partir de 1979, que disse que “ser rico é ser glorioso”. Ao contrário do que se combatia ao capitalismo, pelo bloco dito então comunista. Deng, sucessor de Mao Tsetung, comunista feroz, citado no livro Riqueza Revolucionária, publicado em 2006, de Alvin Toffler e Heidi Toffler. Os autores têm dois outros livros também famosos: O Choque do Futuro e a Terceira Onda.
Encontrava-se, a China, em 11º lugar do PIB global, em 1979, evoluindo-se
tanto para chegar a ser uma potência econômica, sendo o segundo PIB do mundo, somente
atrás dos Estados Unidos. Há projeções de economistas que a tem colocado em
primeiro lugar, no PIB mundial, nas próximas décadas.
O ciclo chinês de crescimento espetacular somente foi
interrompido a partir de 2011, quando a economia chinesa começou a desacelerar.
Em 2011, cresceu 9,5%. Em 2012, 7,8%. Em 2015, 7,0%. Até chegar aos 4,7% do ano
passado e sendo previsto crescer 4,6% neste ano, conforme dados recentes
publicados ontem na imprensa internacional. Porém, ainda crescendo como um gigante,
o maior de todos no capitalismo. Não mais se declara comunista, mas todos a
consideram de um regime político autoritário. Logo, Capitalismo de Estado, é
mais apropriado.
O Brasil somente teve uma década de crescimento espetacular,
que foi a década de 1970, quando a taxa média anual fora de 10% ao ano, período
chamado de “milagre brasileiro”. Antes do “milagre chinês” das muitas últimas
décadas. Entretanto, o comércio com a China cresceu imensamente e hoje a China
é o maior parceiro comercial do Brasil e portador de grandes investimentos
externos na economia brasileira.
A desaceleração chinesa, neste século, principalmente a dos
últimos anos, vem também afetando o Brasil, que tem uma balança comercial com
ela fortemente positiva. Mas, afeta mais ainda a comunidade internacional.
Ontem, mesmo, a recente estatística de crescimento dela, deste ano, de 4,6%,
fez com que o barril do petróleo recuasse 2,0%, visto que a China é o maior
importador do mundo.
Por seu turno, há
reflexos do desempenho da economia chinesa na economia brasileira, tanto por
motivos dos mercados domésticos, não estarem recebendo grandes investimentos, locais
e de fora, tanto como no mercado externo estejam esperados menor desempenho nos
próximos anos. Por sua vez, os conflitos no Oriente Médio continuam e não há expectativa
de próximo final, afetando também as perspectivas do crescimento mundial nos
próximos anos.
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