DÓLAR CONTINUA VALORIZADO
21-10-2024
PÁGINA DA CONJUNTURA ECONÔMICA
A moeda brasileira continua desvalorizada em relação ao dólar americano. Isto torna as importações brasileiras mais caras, as exportações de brasileiros ficam mais baratas e os ativos brasileiros se desvalorizam em relação aos ativos internacionais. Como o PIB é exposto em dólares, também, afeta a classificação do País, entre os PIBs globais. Para a Nação, portanto, é melhor a moeda brasileira valorizada.
Quando assumiu o terceiro mandato de Lula, em 2023, a equipe
econômica, chegou a declarar que a política econômica a ser encetada seria de
ter o dólar americano desvalorizado em relação ao real. Ele estava acima de
R$5,00 e se falava que o ideal era tê-lo abaixo de R$5,00, fato que não
aconteceu. Pelo contrário, na semana passada o dólar comercial chegou a ser
cotado a R$5,70.
Três motivos para o dólar continuar valorizado, ao nível
mundial: o Federal Reserve (FED) descartou a possibilidade de mais um corte da
sua taxa básica de juros, acompanhando o último corte de 0,5%, de valor igual.
Para o presidente do FED pode até haver dois cortes, de 0,25% cada, ou, de não
realizar corte nenhum; a probabilidade de Donald Trump ser reeleito e adotar,
como é praxe dos Republicanos, uma política externa mais protecionista; a deterioração
da política fiscal brasileira, gerando déficit primário e elevando a dívida
pública.
As expectativas de mercado chegaram a cogitar até na
possibilidade de preços das commodities mais elevados, o que desvalorizaria o
dólar e valorizaria o real. Porém, as incertezas com respeito ao fim da guerra
no Oriente Médio, bem como a guerra da Rússia, cuja possibilidades de se
findarem são remotas, além do pacote chinês de incentivos, que por lá não foi
ainda delineado, são motivos que geram frustrações entre os investidores,
perante um PIB chinês desacelerado, sendo a China o maior importador global de
petróleo, o que levou o barril de petróleo à baixa de 2%, em um único dia, na
semana passada.
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